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A pressa é amiga da perfeição

*Por Sócrates Melo A economia do Brasil passa por um momento de grande importância.   Ao mesmo tempo em que temos a crise na Europa e nos Estados Unidos, este numa situação melhor, também é possível notar ações do governo para estimular o mercado interno, acelerar projetos de infraestrutura e buscar incentivos para que a economia nacional permaneça estável, principalmente no setor industrial. O resultado de todos estes acontecimentos e a […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 3 de outubro de 2012 às, 16h50.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h16.

*Por Sócrates Melo

A economia do Brasil passa por um momento de grande importância.   Ao mesmo tempo em que temos a crise na Europa e nos Estados Unidos, este numa situação melhor, também é possível notar ações do governo para estimular o mercado interno, acelerar projetos de infraestrutura e buscar incentivos para que a economia nacional permaneça estável, principalmente no setor industrial.

O resultado de todos estes acontecimentos e a insegurança com o futuro do velho continente se reflete de forma bem clara na economia do Brasil. Alguns sintomas por parte das empresas neste segundo semestre são a cautela com relação a custos, prorrogação de investimentos e tomadas de decisões no que tange o recrutamento de profissionais demorando mais do que o comum tanto no número de fases do processo seletivo quanto na lentidão da apresentação da proposta ao profissional.

As reações são compreensíveis, principalmente para não se repetir erros cometidos em crises anteriores. Por outro lado, também é importante diagnosticar com precisão quais as oportunidades e focar em resultados.  Apesar do cenário de incertezas, as empresas podem, por exemplo, aproveitar o momento para melhorar o seus quadros com peças-chaves, visando à melhora de produtividade e entrega de resultados com qualidade superior.

Quando falamos de recrutamento de profissionais de média e alta gerência é mais do que sabido que o País sofre em muitos setores de escassez de profissionais qualificados. Cada vez mais este cenário faz com que se inverta uma lógica antiga das contratações. Ou seja, os melhores talentos, aqueles mais disputados pelas empresas, têm a “faca e o queijo” nas mãos para a tomada de decisão de onde trabalhar.  Na hora de decidir em qual organização atuar, os melhores talentos levam em consideração os projetos, remuneração e, agora, um fato que tem ganhado relevância, é a velocidade em que o processo de recrutamento acontece.

Esta mudança de paradigmas no mercado de trabalho traz novos desafios para as empresas que desejam ser competitivas e brigar pela mão de obra qualificada. Ao abrir as portas para o mercado para contratar é vital saber com total clareza os motivos da contratação e o perfil de profissional necessário para a posição aberta. Estes dois parâmetros darão o norte necessário para que o processo seja mais ágil. Esta velocidade, antes vista como precipitação ou cautela, pode gerar bons frutos como o de ser o fator decisivo na atração dos melhores profissionais e na composição de um time de excelência que possa fazer a diferença e manter a empresa melhor preparada para os novos desafios. Contrariando o velho ditado, neste caso a pressa pode ser a melhor amiga da perfeição.

*Sócrates Melo é gerente sênior da Robert Half e responsável pela operação da empresa em Minas Gerais