8 filmes que estreiam em 2017 e que você não pode ignorar
Estamos em março e dois grandes festivais já deram o tom do que podemos esperar nas telonas nos próximos meses. Veja aqui uma lista com títulos imperdíveis
Gabriela Ruic
Publicado em 17 de março de 2017 às 06h00.
Última atualização em 24 de março de 2017 às 18h17.
Estamos em meados de março, apenas o terceiro mês de 2017, e dois importantes festivais de cinema já aconteceram: o Festival de Sundance (Estados Unidos) e o Festival Internacional de Berlim (Alemanha). Duas vitrines incríveis dos lançamentos que teremos nos próximos meses.
Bom, a minha ansiedade já está lá em cima na expectativa de saber quais deles vão aparecer por aqui (um deles já está disponível). Enquanto essas notícias não vêm, resolvi vasculhar por conta própria as estreias das edições 2017 desses festivais e preparei uma lista com os títulos que NÃO.QUERO.PERDER.
E olha que sorte a sua, coloquei todos os detalhes sobre cada um desses filmes aí embaixo, uma lista prontinha de filmes imperdíveis do ano.
Mas antes, um pouco de contexto sobre a importância desses festivais para o cinema mundial e que vai muito além das megaproduções de grandes estúdios...
Realizado em janeiro em Park City (Utah, EUA ) e criado por Robert Redford, Sundance surge no início da década de 80 para dar voz aos cineastas independentes. Em 33 anos, revelou nomes como Steven Soderbergh (que lançou o clássico “Sexo, Mentiras & Videotape” por lá em 1989) e Quentin Tarantino (que fez o mesmo com o excelente “Cães de Aluguel” em 1992).
Mais antigo e tradicional, o Berlinale acontece pela primeira vez em 1951 e privilegia produções de todos os gêneros e diferentes países. Na última década, dois filmes latinos levaram o prêmio principal: o brasileiro “Tropa de Elite” (2008), de José Padilha, e o peruano “A Teta Assustada” (2009), de Claudia Llosa.
Agora chega de yada, yada, yada! Senhoras e senhores amantes do cinema, podem começar a anotar:
Animals (Tiere)
A sinopse traz um casal de austríacos que resolve passar um tempo em um chalé na Suíça. No caminho, porém, eles atropelam uma ovelha e esse incidente acaba desencadeando uma série de experiências esquisitas.
Eu fiquei com a sensação de que esse filme pode ser um pouco como o “Anticristo” (2009), do polemicíssimo Lars von Trier, especialmente por conta dessa história do casal que busca o isolamento da sociedade na tentativa de compreender sentimentos complexos e acontecimentos mundanos.
É dirigido pelo polonês Greg Zglinski e promete ser um thriller tenso. Estreou em Berlim.
Spoor
Descrito por alguns críticos internacionais como a versão polonesa do excelente “Fargo” (1996), obra dos irmãos Coen e um dos meus filmes favoritos, esse longa conta a história de uma pequena vila que vê seus habitantes mais ilustres aparecerem mortos de forma misteriosa. Em comum, todos eles têm o gosto pela caça de animais.
Esse filme também foi exibido em Berlim e é dirigido pela polonesa Agnieszka Holland, que já esteve envolvida em episódios de seriados como o m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o. “The Wire” e a versão americana de “The Killing”.
On the Beach at Night Alone
O filme é sobre uma atriz que resolve dar um tempo na carreira depois de encerrar o romance com um diretor de cinema em péssimos termos. Ao que tudo indica, a saga de Younghee (Kim Min-hee) é a de lidar com a melancolia do fim desse relacionamento e com os questionamentos sobre o amor e sobre si.
Quem assistiu ao sul-coreano “A Criada” (2016), de Park Chan-wook, e ficou impressionado com a performance de Kim Min-hee (que faz a Lady Hideko) deve ficar de olhos abertos para esse filme: ela está de volta como atriz principal e ainda levou para casa o prêmio de melhor atriz por esse filme em Berlim.
Una Mujer fantástica
Depois de passar por dois europeus e um asiático, outro filme que promete ser imperdível é o chileno “Una Mujer Fantástica”, de Sebastián Lelio, que também estreou em Berlim.
Esse drama tem como pano de fundo o conservadorismo da sociedade chilena e mostra o sofrimento da trânsgenero Marina, que se vê obrigada a lidar com a morte do seu namorado, Orlando, vinte anos mais velho que ela, e a forma odiosa como a família de seu amado a trata. Mas ela sabe bem o que é lutar. É, afinal, uma mulher fantástica.
https://www.youtube.com/watch?v=LJcwcsRpPBE
The Party
O elenco desse filme que estreou em Berlim é o suficiente pra fazer qualquer fã de cinema comprar ingressos para a sua primeira exibição no Brasil. Ele conta com nomes como o ator suíço Bruno Ganz, as americanas Patricia Clarkson e Cherry Jones, e os britânicos Timothy Spall, Emily Mortimer e Kristin Scott Thomas, além de ser dirigido por Sally Potter.
O enredo traz uma história mais ou menos previsível sobre um jantar de pessoas influentes do mundo político e intelectual de Londres. Essa reuniãozinha, contudo, trará à tona revelações explosivas sobre temas polêmicos, como amor e convicções políticas.
“The Party” se propõe a ser uma comédia sobre a vida burguesa, mas promete se tornar um belo de um drama quando os personagens deixarem as máscaras caírem, revelando a complexidade de seus segredos e personalidades.
https://www.youtube.com/watch?v=W_3BCLgdHhQ
Já não me sinto em casa nesse mundo
Entrando agora no terreno de Sundance, essa produção original da Netflix é a estreia de Macon Blair como diretor. E que estreia: o filme levou o grande prêmio do júri na categoria “Ficção Norte-Americana” e foi descrito como “uma narrativa exuberante e cheia de personalidade”.
Com uma dupla de atores já conhecidos, Elijah Wood (o Frodo, da saga “Senhor dos Aneis”) e Melanie Lynksey (a Rose, da série “Two And a Half Man”), o longa é uma comédia/thriller policial. Lynksey faz uma mulher desajustada que tem a sua casa roubada. Com a ajuda de seu vizinho esquisitão, Wood, começa a investigar o caso e perseguir os criminosos.
E olha que beleza: ele já está disponível para os brasileiros. Dá pra riscar da lista já neste final de semana!
Golden Exits
Outra joia na lista de filmes que estrearam em Sundance é “Golden Exits”, de Alex Ross Perry. A história se passa no bairro do Brooklyn, em Nova York, onde duas famílias vivem em suas bolhas sociais. Tudo vai bem entre eles e suas vidinhas até a chegada de uma jovem australiana.
O trailer desse filme não diz muito. Mas a sinopse e o elenco me deixaram curiosa. Entre os atores, o longa conta com nomes interessantes como Adam Horowitz (sim, o Ad-Rock do “Beastie Boys”), além de Jason Schwarztman, Chöe Sevigny, Mary-Louise Parker e Emily Browning.
Get Out
O primeiro filme de Jordan Peele (da comédia "Kay and Peele") foi simplesmente o filme de terror mais badalado de Sundance. Vale lembrar que o festival tem uma tradição interessante de revelar bons longas do gênero: apresentou ao mundo o clássico “A Bruxa de Blair” em 1998, e, em 2015, o excelente “A Bruxa”.
O filme trata de conflitos raciais de um jeito bem macabro. Uma jovem branca quer levar o seu namorado negro para conhecer a sua família. O que tinha tudo para ser apenas um encontro meio constrangedor se transforma em uma experiência sinistra, já que seus pais começam a revelar quem eles realmente são.
Ah! Esse terror é uma produção da Blumhouse. O nome pode não soar familiar, mas essa é a produtora por trás de filmes de terror excelentes como “Sobrenatural” (2011) e “A Entidade” (2012).
Estamos em meados de março, apenas o terceiro mês de 2017, e dois importantes festivais de cinema já aconteceram: o Festival de Sundance (Estados Unidos) e o Festival Internacional de Berlim (Alemanha). Duas vitrines incríveis dos lançamentos que teremos nos próximos meses.
Bom, a minha ansiedade já está lá em cima na expectativa de saber quais deles vão aparecer por aqui (um deles já está disponível). Enquanto essas notícias não vêm, resolvi vasculhar por conta própria as estreias das edições 2017 desses festivais e preparei uma lista com os títulos que NÃO.QUERO.PERDER.
E olha que sorte a sua, coloquei todos os detalhes sobre cada um desses filmes aí embaixo, uma lista prontinha de filmes imperdíveis do ano.
Mas antes, um pouco de contexto sobre a importância desses festivais para o cinema mundial e que vai muito além das megaproduções de grandes estúdios...
Realizado em janeiro em Park City (Utah, EUA ) e criado por Robert Redford, Sundance surge no início da década de 80 para dar voz aos cineastas independentes. Em 33 anos, revelou nomes como Steven Soderbergh (que lançou o clássico “Sexo, Mentiras & Videotape” por lá em 1989) e Quentin Tarantino (que fez o mesmo com o excelente “Cães de Aluguel” em 1992).
Mais antigo e tradicional, o Berlinale acontece pela primeira vez em 1951 e privilegia produções de todos os gêneros e diferentes países. Na última década, dois filmes latinos levaram o prêmio principal: o brasileiro “Tropa de Elite” (2008), de José Padilha, e o peruano “A Teta Assustada” (2009), de Claudia Llosa.
Agora chega de yada, yada, yada! Senhoras e senhores amantes do cinema, podem começar a anotar:
Animals (Tiere)
A sinopse traz um casal de austríacos que resolve passar um tempo em um chalé na Suíça. No caminho, porém, eles atropelam uma ovelha e esse incidente acaba desencadeando uma série de experiências esquisitas.
Eu fiquei com a sensação de que esse filme pode ser um pouco como o “Anticristo” (2009), do polemicíssimo Lars von Trier, especialmente por conta dessa história do casal que busca o isolamento da sociedade na tentativa de compreender sentimentos complexos e acontecimentos mundanos.
É dirigido pelo polonês Greg Zglinski e promete ser um thriller tenso. Estreou em Berlim.
Spoor
Descrito por alguns críticos internacionais como a versão polonesa do excelente “Fargo” (1996), obra dos irmãos Coen e um dos meus filmes favoritos, esse longa conta a história de uma pequena vila que vê seus habitantes mais ilustres aparecerem mortos de forma misteriosa. Em comum, todos eles têm o gosto pela caça de animais.
Esse filme também foi exibido em Berlim e é dirigido pela polonesa Agnieszka Holland, que já esteve envolvida em episódios de seriados como o m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o. “The Wire” e a versão americana de “The Killing”.
On the Beach at Night Alone
O filme é sobre uma atriz que resolve dar um tempo na carreira depois de encerrar o romance com um diretor de cinema em péssimos termos. Ao que tudo indica, a saga de Younghee (Kim Min-hee) é a de lidar com a melancolia do fim desse relacionamento e com os questionamentos sobre o amor e sobre si.
Quem assistiu ao sul-coreano “A Criada” (2016), de Park Chan-wook, e ficou impressionado com a performance de Kim Min-hee (que faz a Lady Hideko) deve ficar de olhos abertos para esse filme: ela está de volta como atriz principal e ainda levou para casa o prêmio de melhor atriz por esse filme em Berlim.
Una Mujer fantástica
Depois de passar por dois europeus e um asiático, outro filme que promete ser imperdível é o chileno “Una Mujer Fantástica”, de Sebastián Lelio, que também estreou em Berlim.
Esse drama tem como pano de fundo o conservadorismo da sociedade chilena e mostra o sofrimento da trânsgenero Marina, que se vê obrigada a lidar com a morte do seu namorado, Orlando, vinte anos mais velho que ela, e a forma odiosa como a família de seu amado a trata. Mas ela sabe bem o que é lutar. É, afinal, uma mulher fantástica.
https://www.youtube.com/watch?v=LJcwcsRpPBE
The Party
O elenco desse filme que estreou em Berlim é o suficiente pra fazer qualquer fã de cinema comprar ingressos para a sua primeira exibição no Brasil. Ele conta com nomes como o ator suíço Bruno Ganz, as americanas Patricia Clarkson e Cherry Jones, e os britânicos Timothy Spall, Emily Mortimer e Kristin Scott Thomas, além de ser dirigido por Sally Potter.
O enredo traz uma história mais ou menos previsível sobre um jantar de pessoas influentes do mundo político e intelectual de Londres. Essa reuniãozinha, contudo, trará à tona revelações explosivas sobre temas polêmicos, como amor e convicções políticas.
“The Party” se propõe a ser uma comédia sobre a vida burguesa, mas promete se tornar um belo de um drama quando os personagens deixarem as máscaras caírem, revelando a complexidade de seus segredos e personalidades.
https://www.youtube.com/watch?v=W_3BCLgdHhQ
Já não me sinto em casa nesse mundo
Entrando agora no terreno de Sundance, essa produção original da Netflix é a estreia de Macon Blair como diretor. E que estreia: o filme levou o grande prêmio do júri na categoria “Ficção Norte-Americana” e foi descrito como “uma narrativa exuberante e cheia de personalidade”.
Com uma dupla de atores já conhecidos, Elijah Wood (o Frodo, da saga “Senhor dos Aneis”) e Melanie Lynksey (a Rose, da série “Two And a Half Man”), o longa é uma comédia/thriller policial. Lynksey faz uma mulher desajustada que tem a sua casa roubada. Com a ajuda de seu vizinho esquisitão, Wood, começa a investigar o caso e perseguir os criminosos.
E olha que beleza: ele já está disponível para os brasileiros. Dá pra riscar da lista já neste final de semana!
Golden Exits
Outra joia na lista de filmes que estrearam em Sundance é “Golden Exits”, de Alex Ross Perry. A história se passa no bairro do Brooklyn, em Nova York, onde duas famílias vivem em suas bolhas sociais. Tudo vai bem entre eles e suas vidinhas até a chegada de uma jovem australiana.
O trailer desse filme não diz muito. Mas a sinopse e o elenco me deixaram curiosa. Entre os atores, o longa conta com nomes interessantes como Adam Horowitz (sim, o Ad-Rock do “Beastie Boys”), além de Jason Schwarztman, Chöe Sevigny, Mary-Louise Parker e Emily Browning.
Get Out
O primeiro filme de Jordan Peele (da comédia "Kay and Peele") foi simplesmente o filme de terror mais badalado de Sundance. Vale lembrar que o festival tem uma tradição interessante de revelar bons longas do gênero: apresentou ao mundo o clássico “A Bruxa de Blair” em 1998, e, em 2015, o excelente “A Bruxa”.
O filme trata de conflitos raciais de um jeito bem macabro. Uma jovem branca quer levar o seu namorado negro para conhecer a sua família. O que tinha tudo para ser apenas um encontro meio constrangedor se transforma em uma experiência sinistra, já que seus pais começam a revelar quem eles realmente são.
Ah! Esse terror é uma produção da Blumhouse. O nome pode não soar familiar, mas essa é a produtora por trás de filmes de terror excelentes como “Sobrenatural” (2011) e “A Entidade” (2012).