Os “pirralhos” de Lula e Bolsonaro
Estranhos negócios de Fábio Luís com a Oi fazem lembrar que o ex-presidente petista também se complicou com os filhos
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 19h45.
Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 20h56.
Quando Jair Bolsonaro falou que faria tudo por seus filhos, foi criticadíssimo. Referia-se à nomeação de seu filho Eduardo para a embaixada brasileira nos Estados Unidos. A ideia não foi adiante. A impressão de certo nepotismo ficou. Com a insistência de outro filho, o vereador carioca Carlos, em comandar as redes sociais do pai, a interferência familiar em assuntos presidenciais acentuou-se. As coisas acalmaram nas últimas semanas.
O ex-presidente Lula (PT) tem mais sorte. Seu filho mais complicado não chegou a atrapalhar seu governo. A 69ª fase da Operação Lava Jato, nas ruas hoje, investiga a notória ligação da empresa telefônica Oi com a Gamecorp que tem como Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, como um dos sócios. Entre outras revelações, o Ministério Público Federal mostra que parte do dinheiro pago pela Oi para a Gamecorp pode ter sido usado para comprar o famoso sítio de Atibaia, que está no centro da maior sentença imposta ao ex-presidente: 17 anos. Segundo os procuradores da Lava Jato, R$ 132 milhões teriam sido repassados para empresas ligadas a Fábio Luís. A Oi teria contratado a empresa do filho de Lula por valores muito acima do normal do mercado.
Chama atenção como os filhos de Bolsonaro e Lula espelham a luta política brasileira de hoje. De um lado, a “velha política” sorrateira, com negócios escusos e facilidade de aprovação legislativa. De outro, a política polarizada, radical, que faz muito barulho e, no fim das contas, não chega a atrapalhar tanto o andamento normal do governo em muitas áreas – com óbvias exceções como o Meio Ambiente.
Quando Jair Bolsonaro falou que faria tudo por seus filhos, foi criticadíssimo. Referia-se à nomeação de seu filho Eduardo para a embaixada brasileira nos Estados Unidos. A ideia não foi adiante. A impressão de certo nepotismo ficou. Com a insistência de outro filho, o vereador carioca Carlos, em comandar as redes sociais do pai, a interferência familiar em assuntos presidenciais acentuou-se. As coisas acalmaram nas últimas semanas.
O ex-presidente Lula (PT) tem mais sorte. Seu filho mais complicado não chegou a atrapalhar seu governo. A 69ª fase da Operação Lava Jato, nas ruas hoje, investiga a notória ligação da empresa telefônica Oi com a Gamecorp que tem como Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, como um dos sócios. Entre outras revelações, o Ministério Público Federal mostra que parte do dinheiro pago pela Oi para a Gamecorp pode ter sido usado para comprar o famoso sítio de Atibaia, que está no centro da maior sentença imposta ao ex-presidente: 17 anos. Segundo os procuradores da Lava Jato, R$ 132 milhões teriam sido repassados para empresas ligadas a Fábio Luís. A Oi teria contratado a empresa do filho de Lula por valores muito acima do normal do mercado.
Chama atenção como os filhos de Bolsonaro e Lula espelham a luta política brasileira de hoje. De um lado, a “velha política” sorrateira, com negócios escusos e facilidade de aprovação legislativa. De outro, a política polarizada, radical, que faz muito barulho e, no fim das contas, não chega a atrapalhar tanto o andamento normal do governo em muitas áreas – com óbvias exceções como o Meio Ambiente.