O fracasso da Kroton em um governo liberal
Sem políticas públicas feitas sob medida, como era a praxe nos governos petistas, o grupo educacional sofre
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2019 às 17h13.
Última atualização em 10 de outubro de 2019 às 11h52.
O ex-presidente Lula (PT) está em alta esses dias. A Lava Jato propôs que ele passe o dia trabalhando e durma na cadeia. Recusou. Sente-se superior e injustiçado. Quem sou eu para julgar? Mas uma notícia desta terça-feira pode ter entristecido o petista. O maior grupo de educação privada no Brasil, Kroton (rebatizada de Cogna) perdeu R$ 1,3 bilhão em valor de mercado após anunciar sua reestruturação. A Kroton foi uma das grandes vencedoras do governo Lula. Através dela, o PT conseguiu agradar empresários que financiaram campanhas e, ao mesmo tempo, expandir o acesso ao ensino superior no Brasil.
Isso teve um custo alto para o país. O FIES, programa de financiamento estudantil configurado por Fernando Haddad (PT) em seu período como ministro da Educação, era uma política pública de risco zero para empresários e universitários. Em sua concepção inicial, o FIES permitia que alunos pagassem as mensalidades após o término do curso – caso não conseguissem, o governo garantiria, com dinheiro do orçamento federal, que a faculdade recebesse mesmo assim. Ou seja: todos os cidadãos pagariam para que alguns frequentassem a universidade. Um negócio incrível para a Kroton, que controla cerca de 14% do mercado de ensino superior no Brasil.
Em 2014, cerca de 255 mil estudantes do grupo – 61% – estavam cadastrados no FIES. Naquele ano, a Kroton foi a empresa que mais recebeu recursos do governo federal. Mais do que a Odebrecht. Durante os governos petistas, o grupo triplicou de tamanho e passou a lucrar mais de R$ 2 bilhões por ano.
Quem comemora a ampliação do acesso ao ensino superior se esquece do mais simples: cada real do governo gasto com o FIES é um real a menos para o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Fingimos que formamos bons universitários e gastamos menos do que poderíamos com as crianças – que não podem fazer lobby nem “relações governamentais”.
O ex-presidente Lula (PT) está em alta esses dias. A Lava Jato propôs que ele passe o dia trabalhando e durma na cadeia. Recusou. Sente-se superior e injustiçado. Quem sou eu para julgar? Mas uma notícia desta terça-feira pode ter entristecido o petista. O maior grupo de educação privada no Brasil, Kroton (rebatizada de Cogna) perdeu R$ 1,3 bilhão em valor de mercado após anunciar sua reestruturação. A Kroton foi uma das grandes vencedoras do governo Lula. Através dela, o PT conseguiu agradar empresários que financiaram campanhas e, ao mesmo tempo, expandir o acesso ao ensino superior no Brasil.
Isso teve um custo alto para o país. O FIES, programa de financiamento estudantil configurado por Fernando Haddad (PT) em seu período como ministro da Educação, era uma política pública de risco zero para empresários e universitários. Em sua concepção inicial, o FIES permitia que alunos pagassem as mensalidades após o término do curso – caso não conseguissem, o governo garantiria, com dinheiro do orçamento federal, que a faculdade recebesse mesmo assim. Ou seja: todos os cidadãos pagariam para que alguns frequentassem a universidade. Um negócio incrível para a Kroton, que controla cerca de 14% do mercado de ensino superior no Brasil.
Em 2014, cerca de 255 mil estudantes do grupo – 61% – estavam cadastrados no FIES. Naquele ano, a Kroton foi a empresa que mais recebeu recursos do governo federal. Mais do que a Odebrecht. Durante os governos petistas, o grupo triplicou de tamanho e passou a lucrar mais de R$ 2 bilhões por ano.
Quem comemora a ampliação do acesso ao ensino superior se esquece do mais simples: cada real do governo gasto com o FIES é um real a menos para o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Fingimos que formamos bons universitários e gastamos menos do que poderíamos com as crianças – que não podem fazer lobby nem “relações governamentais”.