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Com Lula solto, oposição poderá se organizar

Notícia não é péssima para Bolsonaro, que conta com forte apoio de antipetistas

BOLSONARO E MORO: ninguém na oposição tem a capacidade de mobilização e a autoridade de Lula / REUTERS/Adriano Machado
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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 19h09.

Última atualização em 8 de novembro de 2019 às 20h16.

Não poderia ser diferente. Após a decisão tomada ontem pelo Supremo Tribunal Federal, os procuradores da Operação Lava Jato foram à imprensa. Argumentam que a proibição da prisão após condenação em segunda instância “contraria o sentimento de repúdio à impunidade e o combate à corrupção no país”. Pode até ser. Mas eles perderam muito do apoio da opinião pública e o ex-presidente Lula (PT) acaba de ser solto.

Algumas semanas atrás, eu pensava que Lula não seria uma boa opção para o futuro do PT. O partido precisaria de renovação para superar o dano reputacional sofrido com a Lava Jato. Mas Fernando Haddad (PT) não tem a capacidade de mobilização e a autoridade de Lula. Ninguém na oposição tem isso – exceto a memória de Marielle Franco , vereadora do PSOL assassinada em março do ano passado.

“O Lula tá preso, babaca!”, disse Cid Gomes (PDT), brevíssimo Ministro da Educação do governo Dilma Rousseff (PT), em resposta a manifestantes pedindo o petista em evento em outubro de 2018. Agora não mais. Péssima notícia para o clã Gomes e outros pretensos líderes da oposição. E, apesar da ampla corrupção petista nos treze anos de governo, a presença física de Lula no debate político será interessante para oxigenar um pouco os ares.

E a notícia não é ruim para o governo. Jair Bolsonaro (PSL) poderá usar a volta do ex-presidente a seu favor, mobilizando o antipetismo que, em parte, determinou sua eleição. O certo é que a temperatura política irá subir e as reformas econômicas de Paulo Guedes terão oposição mais organizada no Congresso.

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Não poderia ser diferente. Após a decisão tomada ontem pelo Supremo Tribunal Federal, os procuradores da Operação Lava Jato foram à imprensa. Argumentam que a proibição da prisão após condenação em segunda instância “contraria o sentimento de repúdio à impunidade e o combate à corrupção no país”. Pode até ser. Mas eles perderam muito do apoio da opinião pública e o ex-presidente Lula (PT) acaba de ser solto.

Algumas semanas atrás, eu pensava que Lula não seria uma boa opção para o futuro do PT. O partido precisaria de renovação para superar o dano reputacional sofrido com a Lava Jato. Mas Fernando Haddad (PT) não tem a capacidade de mobilização e a autoridade de Lula. Ninguém na oposição tem isso – exceto a memória de Marielle Franco , vereadora do PSOL assassinada em março do ano passado.

“O Lula tá preso, babaca!”, disse Cid Gomes (PDT), brevíssimo Ministro da Educação do governo Dilma Rousseff (PT), em resposta a manifestantes pedindo o petista em evento em outubro de 2018. Agora não mais. Péssima notícia para o clã Gomes e outros pretensos líderes da oposição. E, apesar da ampla corrupção petista nos treze anos de governo, a presença física de Lula no debate político será interessante para oxigenar um pouco os ares.

E a notícia não é ruim para o governo. Jair Bolsonaro (PSL) poderá usar a volta do ex-presidente a seu favor, mobilizando o antipetismo que, em parte, determinou sua eleição. O certo é que a temperatura política irá subir e as reformas econômicas de Paulo Guedes terão oposição mais organizada no Congresso.

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