Elis, Tom e duas reflexões
Uma hora e quarenta minutos de música, histórias e as dinâmicas fascinantes que envolvem as relações humanas
Colunista na Exame
Publicado em 30 de outubro de 2023 às 16h01.
O documentário "Elis e Tom, Só Tinha Que Ser Você" é uma pérola cuidadosamente construída pelo diretor Roberto Oliveira através de imagens captadas por ele (empresário da Elis à epoca), guardadas por quase 50 anos e arquivos de terceiros.
Uma hora e quarenta minutos de música, histórias e as dinâmicas fascinantes que envolvem as relações humanas, também trazem reflexões em duas dimensões: a primeira como uma obra prima é criada, outra sobre como lidamos com nossa história e nossos verdadeiros ídolos.
O documentário mostra o início das gravações, a tensão no ar, o desconforto dos dois gênios, e o momento em que tudo parecia caminhar para o fim. Mas, como acontece com obras primas, parece que os astros de alguma foma se alinham e a perfeição se materializa depois de muito trabalho.
A combinação de talentos extraordinários que cooperam, dos músicos brasileiros, cada um deles expoentes em suas áreas, do engenheiro de som americano que, apesar de ser aquele seu primeiro projeto, veio a ganhar 17 Emmys ao longo da sua carreira, ou o trabalho de Cesar Camargo Mariano, que teve a árdua tarefa de fazer arranjos para composições do gênio Tom Jobim.
A medida que o trabalho se desenvolve, some a tensão e aparece uma alegria que contagia, um certo estado de felicidade e plenitude em cada olhar, cada expressão. Nas palavras de um músico presente, Elis e Tom se amavam, um amor assim de música. O filme tem um lado comédia romântica onde os protaganistas inicialmente se estranham, mas paulatinamente descobrem um certo amor, o tal amor de música. Nada mais sublime, não?
A outra dimensão: o maestro Tom Jobim teve reconhecimento internacional como um dos grandes expoentes da música mundial em todos os tempos, Elis uma cantora de raro talento, comparada por um crítico do New York Times a Barbra Streisand, ambos mais reconhecidos e valorizados fora do país.
A própria mídia tímida gerada pelo fime Elis e Tom indica que valorizamos pouco a nossa história e nossos ídolos. Estranho o fato de não haver um movimento que estimulasse as pessoas a testemunharem nossa história e o que a busca da excelência pode realizar. Uma pena!
O documentário "Elis e Tom, Só Tinha Que Ser Você" é uma pérola cuidadosamente construída pelo diretor Roberto Oliveira através de imagens captadas por ele (empresário da Elis à epoca), guardadas por quase 50 anos e arquivos de terceiros.
Uma hora e quarenta minutos de música, histórias e as dinâmicas fascinantes que envolvem as relações humanas, também trazem reflexões em duas dimensões: a primeira como uma obra prima é criada, outra sobre como lidamos com nossa história e nossos verdadeiros ídolos.
O documentário mostra o início das gravações, a tensão no ar, o desconforto dos dois gênios, e o momento em que tudo parecia caminhar para o fim. Mas, como acontece com obras primas, parece que os astros de alguma foma se alinham e a perfeição se materializa depois de muito trabalho.
A combinação de talentos extraordinários que cooperam, dos músicos brasileiros, cada um deles expoentes em suas áreas, do engenheiro de som americano que, apesar de ser aquele seu primeiro projeto, veio a ganhar 17 Emmys ao longo da sua carreira, ou o trabalho de Cesar Camargo Mariano, que teve a árdua tarefa de fazer arranjos para composições do gênio Tom Jobim.
A medida que o trabalho se desenvolve, some a tensão e aparece uma alegria que contagia, um certo estado de felicidade e plenitude em cada olhar, cada expressão. Nas palavras de um músico presente, Elis e Tom se amavam, um amor assim de música. O filme tem um lado comédia romântica onde os protaganistas inicialmente se estranham, mas paulatinamente descobrem um certo amor, o tal amor de música. Nada mais sublime, não?
A outra dimensão: o maestro Tom Jobim teve reconhecimento internacional como um dos grandes expoentes da música mundial em todos os tempos, Elis uma cantora de raro talento, comparada por um crítico do New York Times a Barbra Streisand, ambos mais reconhecidos e valorizados fora do país.
A própria mídia tímida gerada pelo fime Elis e Tom indica que valorizamos pouco a nossa história e nossos ídolos. Estranho o fato de não haver um movimento que estimulasse as pessoas a testemunharem nossa história e o que a busca da excelência pode realizar. Uma pena!