Nossa empresa precisa mudar?
Mudar será necessário e uma questão de sobrevivência, mas a velocidade de mudança de cada empresa não precisará ser a mesma
Colunista
Publicado em 7 de maio de 2024 às 11h44.
O que leva uma empresa a realizar mudanças, sejam elas quais forem? Normalmente, a necessidade de mudança é motivada por algum problema que precisa ser resolvido. Afinal, existe até mesmo um ditado que diz que em time que está ganhando não se mexe.
Mas venho me questionando se realmente os gatilhos para mudanças devem ser mesmo apenas eventuais problemas.
Vivemos um momento único, com transformações exponenciais acontecendo em todos os aspectos de nossa sociedade e, principalmente, no meio corporativo.
Já nem falo mais das startups que mudaram modelos de negócios, como o Uber ou o Airbnb, mas da tecnologia literalmente nas mãos das pessoas, mudando todo o comportamento de consumo e as relações delas com as marcas, ao mesmo tempo que também ganham espaço as pautas sobre consumo consciente, negócios mais sustentáveis e o papel das grandes empresas neste sentido, se bem que esta parte ainda tem mais falatório do que prática.
E voltando ao ponto das mudanças de comportamento na relação das pessoas com as marcas, tenho percebido que a velocidade do impacto disso nas empresas pode ser diferente de uma para outra e isso nos traz dois grandes pontos de atenção:
1 – O que é bom para uma empresa, pode não ser para outra
Isso significa que é preciso considerar com clareza as características do mercado onde a empresa atua, antes de seguir cegamente qualquer “novo estudo e relatório de tendências de mercado” de alguma grande consultoria, simplesmente porque pode ser que algumas destas tendências não se apliquem ao seu negócio agora e qualquer mudança feita a partir delas pode trazer um grande problema.
Em outras palavras, por exemplo, talvez para um grande varejista com atuação nacional, omnichannel deveria ser uma realidade e não tendência, mas para um varejista menor e com atuação regional, talvez um esforço neste sentido não faça muito sentido agora para os seus clientes.
O ponto é que mudar será necessário e uma questão de sobrevivência, mas a velocidade de mudança de cada empresa não precisará ser a mesma.
2 – Mesmo mais lenta, a mudança chegará
Este é o cuidado mais importante porque muitas empresas, por terem sucesso e bons resultados, acabam achando que não precisarão mudar ou se preparar para uma mudança no momento certo.
John Chambers, no livro Connecting the Dots, fala que as empresas morrem porque fazem bem mesmas coisas por tempo demais, ou seja, confiam tanto na forma de trabalhar que as levou ao sucesso até então, que acaba sendo muito difícil aceitarem que precisam mudar para manterem este sucesso. É o famoso “mas sempre fizemos assim”, que todos nós já ouvimos ou falamos pelo menos uma vez na vida.
A mudança precisa ser consciente e estratégica
Como eu disse, vivemos um mundo que está mudando velozmente e à nossa revelia, por isso o conhecimento que nos trouxe até aqui não é o que nos levará até o próximo nível, ou em outras palavras, não é o que manterá o eventual sucesso que a empresa já alcançou.
Portanto, creio que está na hora de você e da sua empresa repensarem as formas de atuar e lembre-se que muitas vezes o sucesso atual pode encobrir problemas futuros. Afinal é sempre melhor quando uma empresa muda algo de forma planejada, consciente e estratégica sabendo que será melhor para o cliente e para o negócio, do que quando é obrigada a mudar por pressão do mercado ou porque o cliente sumiu.
O que leva uma empresa a realizar mudanças, sejam elas quais forem? Normalmente, a necessidade de mudança é motivada por algum problema que precisa ser resolvido. Afinal, existe até mesmo um ditado que diz que em time que está ganhando não se mexe.
Mas venho me questionando se realmente os gatilhos para mudanças devem ser mesmo apenas eventuais problemas.
Vivemos um momento único, com transformações exponenciais acontecendo em todos os aspectos de nossa sociedade e, principalmente, no meio corporativo.
Já nem falo mais das startups que mudaram modelos de negócios, como o Uber ou o Airbnb, mas da tecnologia literalmente nas mãos das pessoas, mudando todo o comportamento de consumo e as relações delas com as marcas, ao mesmo tempo que também ganham espaço as pautas sobre consumo consciente, negócios mais sustentáveis e o papel das grandes empresas neste sentido, se bem que esta parte ainda tem mais falatório do que prática.
E voltando ao ponto das mudanças de comportamento na relação das pessoas com as marcas, tenho percebido que a velocidade do impacto disso nas empresas pode ser diferente de uma para outra e isso nos traz dois grandes pontos de atenção:
1 – O que é bom para uma empresa, pode não ser para outra
Isso significa que é preciso considerar com clareza as características do mercado onde a empresa atua, antes de seguir cegamente qualquer “novo estudo e relatório de tendências de mercado” de alguma grande consultoria, simplesmente porque pode ser que algumas destas tendências não se apliquem ao seu negócio agora e qualquer mudança feita a partir delas pode trazer um grande problema.
Em outras palavras, por exemplo, talvez para um grande varejista com atuação nacional, omnichannel deveria ser uma realidade e não tendência, mas para um varejista menor e com atuação regional, talvez um esforço neste sentido não faça muito sentido agora para os seus clientes.
O ponto é que mudar será necessário e uma questão de sobrevivência, mas a velocidade de mudança de cada empresa não precisará ser a mesma.
2 – Mesmo mais lenta, a mudança chegará
Este é o cuidado mais importante porque muitas empresas, por terem sucesso e bons resultados, acabam achando que não precisarão mudar ou se preparar para uma mudança no momento certo.
John Chambers, no livro Connecting the Dots, fala que as empresas morrem porque fazem bem mesmas coisas por tempo demais, ou seja, confiam tanto na forma de trabalhar que as levou ao sucesso até então, que acaba sendo muito difícil aceitarem que precisam mudar para manterem este sucesso. É o famoso “mas sempre fizemos assim”, que todos nós já ouvimos ou falamos pelo menos uma vez na vida.
A mudança precisa ser consciente e estratégica
Como eu disse, vivemos um mundo que está mudando velozmente e à nossa revelia, por isso o conhecimento que nos trouxe até aqui não é o que nos levará até o próximo nível, ou em outras palavras, não é o que manterá o eventual sucesso que a empresa já alcançou.
Portanto, creio que está na hora de você e da sua empresa repensarem as formas de atuar e lembre-se que muitas vezes o sucesso atual pode encobrir problemas futuros. Afinal é sempre melhor quando uma empresa muda algo de forma planejada, consciente e estratégica sabendo que será melhor para o cliente e para o negócio, do que quando é obrigada a mudar por pressão do mercado ou porque o cliente sumiu.