Encolher agora para crescer de maneira sustentável depois
Na retomada, ao invés de olhar para o passado na recuperação dos ganhos perdidos na crise, foque na construção sustentável dos ganhos futuros.
Marcio Oliveira
Publicado em 8 de junho de 2020 às 13h58.
Há alguns anos, quando passávamos por uma crise grande em nosso país, escrevi um artigo com 3 dicas sobre como uma empresa poderia encolher de maneira saudável e consciente na crise.
Eu e creio que 99% das pessoas sequer imaginaria que algum tempo depois passaríamos por uma crise de dimensão global com esta em que vivemos hoje, que mistura de uma maneira nada boa as questões de saúde pública, economia e política.
E, se naquela época eu falei que para algumas empresas as vendas não aconteceriam no volume que elas gostariam, hoje para uma grande parte das empresas de todos os portes, as vendas sequer aconteceram nos últimos meses e algumas não tiveram a chance de encolher de maneira saudável, porque simplesmente fecharam as portas.
Mas para quem não fechou as portas e conseguiu sobreviver até agora, as mesmas dicas que escrevi antes continuam valendo, afinal, já estamos com as perspectivas de abertura pela frente, em diferentes estágios em cada região e país, é claro.
Mas me parece que o que chamamos de novo normal já começa a ficar mais claro no horizonte de muitos segmentos de mercado.
Espero também que muito da mentalidade empresarial dominante até hoje comece a mudar com esta perspectiva de retomada e que a palavra encolher, que costuma ser uma proibida no meio empresarial, comece a ser considerada apenas como uma oportunidade estratégica de dar um passo atrás para se organizar e conseguir dar vários passos sustentáveis em momentos pós-crises.
Em outras palavras, que esta retomada seja consciente e que a tentação de olhar para o passado para buscar os ganhos perdidos na crise seja ignorada, em prol de um olhar para a construção dos ganhos futuros que podem até vir rapidamente ou não, mas que venham numa perspectiva mais sustentável.
Se encolher os negócios agora será inevitável para muitos, como começar a retomada de maneira mais sustentável?
Para isso, quero trazer duas destas dicas que dei anos atrás, que acredito que sejam fundamentais para o "novo normal" que eventualmente viveremos por um tempo.
1 – Conquistar os Clientes certos para o seu negócio. E isso não é uma ação unilateral, ou seja, não é algo que apenas a sua empresa que decide. Acredito na tese do Simon Sinek de que conscientemente ou não, as pessoas não compram o que as empresas fazem, mas sim o “por que” elas fazem o que fazem. E este “por que” nós podemos traduzir como o propósito nobre da sua empresa. O propósito é algo mais profundo do que apenas as frases de missão e visão que conhecemos, pois ele está ligado à cultura da empresa. Uma empresa com um propósito claro e que vá além de gerar lucro, entende que a satisfação do cliente é mais importante do que os seus produtos. Os produtos são apenas os meios que a empresa usa para entregar a satisfação. A Disney e a Zappos (da Amazon) são excelentes cases sobre isso. Então, aproveite o momento da crise para uma reflexão: Qual o propósito da minha empresa?
2 – Foque no bom relacionamento com seus clientes. Esta última dica é consequência das da anterior. Se a sua empresa aprendeu sobre seus clientes e tem um propósito claro. Transforme-a numa empresa orientada ao cliente, mas não apenas no discurso do marketing, mas efetivamente na sua prática diária. Aliás, use o marketing e a comunicação para construir de fato bons relacionamentos com seus clientes, entenda que a venda e o lucro serão uma consequência e tenha paciência, pois construir relacionamentos sustentáveis leva tempo.
Há alguns anos, quando passávamos por uma crise grande em nosso país, escrevi um artigo com 3 dicas sobre como uma empresa poderia encolher de maneira saudável e consciente na crise.
Eu e creio que 99% das pessoas sequer imaginaria que algum tempo depois passaríamos por uma crise de dimensão global com esta em que vivemos hoje, que mistura de uma maneira nada boa as questões de saúde pública, economia e política.
E, se naquela época eu falei que para algumas empresas as vendas não aconteceriam no volume que elas gostariam, hoje para uma grande parte das empresas de todos os portes, as vendas sequer aconteceram nos últimos meses e algumas não tiveram a chance de encolher de maneira saudável, porque simplesmente fecharam as portas.
Mas para quem não fechou as portas e conseguiu sobreviver até agora, as mesmas dicas que escrevi antes continuam valendo, afinal, já estamos com as perspectivas de abertura pela frente, em diferentes estágios em cada região e país, é claro.
Mas me parece que o que chamamos de novo normal já começa a ficar mais claro no horizonte de muitos segmentos de mercado.
Espero também que muito da mentalidade empresarial dominante até hoje comece a mudar com esta perspectiva de retomada e que a palavra encolher, que costuma ser uma proibida no meio empresarial, comece a ser considerada apenas como uma oportunidade estratégica de dar um passo atrás para se organizar e conseguir dar vários passos sustentáveis em momentos pós-crises.
Em outras palavras, que esta retomada seja consciente e que a tentação de olhar para o passado para buscar os ganhos perdidos na crise seja ignorada, em prol de um olhar para a construção dos ganhos futuros que podem até vir rapidamente ou não, mas que venham numa perspectiva mais sustentável.
Se encolher os negócios agora será inevitável para muitos, como começar a retomada de maneira mais sustentável?
Para isso, quero trazer duas destas dicas que dei anos atrás, que acredito que sejam fundamentais para o "novo normal" que eventualmente viveremos por um tempo.
1 – Conquistar os Clientes certos para o seu negócio. E isso não é uma ação unilateral, ou seja, não é algo que apenas a sua empresa que decide. Acredito na tese do Simon Sinek de que conscientemente ou não, as pessoas não compram o que as empresas fazem, mas sim o “por que” elas fazem o que fazem. E este “por que” nós podemos traduzir como o propósito nobre da sua empresa. O propósito é algo mais profundo do que apenas as frases de missão e visão que conhecemos, pois ele está ligado à cultura da empresa. Uma empresa com um propósito claro e que vá além de gerar lucro, entende que a satisfação do cliente é mais importante do que os seus produtos. Os produtos são apenas os meios que a empresa usa para entregar a satisfação. A Disney e a Zappos (da Amazon) são excelentes cases sobre isso. Então, aproveite o momento da crise para uma reflexão: Qual o propósito da minha empresa?
2 – Foque no bom relacionamento com seus clientes. Esta última dica é consequência das da anterior. Se a sua empresa aprendeu sobre seus clientes e tem um propósito claro. Transforme-a numa empresa orientada ao cliente, mas não apenas no discurso do marketing, mas efetivamente na sua prática diária. Aliás, use o marketing e a comunicação para construir de fato bons relacionamentos com seus clientes, entenda que a venda e o lucro serão uma consequência e tenha paciência, pois construir relacionamentos sustentáveis leva tempo.