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Educando para o Consumo

O momento atual é bom para educar nossos filhos para o consumo? Não sabe? Reflita sobre isso ao ler o artigo de Leonardo Barci, da youDb.

Image courtesy of ddpavumba at FreeDigitalPhotos.net
LB

Leonardo Barci

Publicado em 4 de abril de 2016 às 10h00.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h42.

O artigo do Márcio da semana passada me chamou a atenção. Percebi que diminuição é uma palavra proibida dentro do mundo corporativo.

Dentro do atual cenário, para muitas empresas é inevitável. Algumas até poderão se sobressair pontualmente (como o caso da Honda), mas determinados mercados simplesmente encolheram, como é o caso do próprio mercado de automóveis.

Este momento me fez lembrar da minha adolescência, na época da hiperinflação. Lembro que meus pais, mais do que insatisfeitos com a falta de produtos e da remarcação diária de preços, estavam infelizes com toda a situação. Como autônomos, a clientela deles tinha encolhido, os produtos faltavam nas prateleiras e, na mesa, a quantidade de pessoas ainda era a mesma.

Me lembro que eles estavam mais preocupados do que a realidade realmente se apresentava. O cardápio em casa naturalmente mudou e as escolhas diárias também foram sendo alteradas ao longo do tempo. Me lembro, porém, que dentro daquele pequeno cosmos chamado família, até um único ovo eventualmente servia até 6 pessoas!

Vivemos nos últimos anos recentes um tempo de bonança. Meus filhos eventualmente perguntam porque ‘duas geladeiras’ em algumas casas mais antigas (para quem não se lembra, muitas famílias, na época da hiperinflação, adquiriram um freezer para estocar alimentos).

Não acho que o cenário seja o mesmo daquela época. A realidade era outra mas, daquela época, trago um importante aprendizado:a aceitação do que se apresenta agora.

Nos últimos dois ou três anos, tenho visto duas atitudes opostas, porém com resultados ao final semelhantes.

Tenho visto empresas investirem todos os seus esforços (e seu budget ) na recuperação das vendas. Em contrapartida, tenho visto empresas se adequando a esta nova realidade de maneira simples e objetiva. No final o resultado tem sido o mesmo – a redução.

O que difere nos dois casos é a ‘experiência’ que cada uma delas proporciona. Na primeira, a empresa (através de seus líderes) tem gerado sofrimento para seus liderados, que acabam acreditando que com mais dinheiro e muito mais esforço, os clientes irão comprar mais. Na segunda, embora desconfortável, um caminhar consciente de que as coisas precisam ser adequadas à realidade vigente.


Image courtesy of ddpavumba at FreeDigitalPhotos.net

De tudo isto, me parece um bom momento para educarmos nossos filhos e a geração que desembarca no planeta com o conhecimento de que há para todos se soubermos trabalhar nesta direção.

Não faltará para ninguém se soubermos olhar com cooperação e compaixão, além dos muros de nossas casas e de nossas empresas.

O artigo do Márcio da semana passada me chamou a atenção. Percebi que diminuição é uma palavra proibida dentro do mundo corporativo.

Dentro do atual cenário, para muitas empresas é inevitável. Algumas até poderão se sobressair pontualmente (como o caso da Honda), mas determinados mercados simplesmente encolheram, como é o caso do próprio mercado de automóveis.

Este momento me fez lembrar da minha adolescência, na época da hiperinflação. Lembro que meus pais, mais do que insatisfeitos com a falta de produtos e da remarcação diária de preços, estavam infelizes com toda a situação. Como autônomos, a clientela deles tinha encolhido, os produtos faltavam nas prateleiras e, na mesa, a quantidade de pessoas ainda era a mesma.

Me lembro que eles estavam mais preocupados do que a realidade realmente se apresentava. O cardápio em casa naturalmente mudou e as escolhas diárias também foram sendo alteradas ao longo do tempo. Me lembro, porém, que dentro daquele pequeno cosmos chamado família, até um único ovo eventualmente servia até 6 pessoas!

Vivemos nos últimos anos recentes um tempo de bonança. Meus filhos eventualmente perguntam porque ‘duas geladeiras’ em algumas casas mais antigas (para quem não se lembra, muitas famílias, na época da hiperinflação, adquiriram um freezer para estocar alimentos).

Não acho que o cenário seja o mesmo daquela época. A realidade era outra mas, daquela época, trago um importante aprendizado:a aceitação do que se apresenta agora.

Nos últimos dois ou três anos, tenho visto duas atitudes opostas, porém com resultados ao final semelhantes.

Tenho visto empresas investirem todos os seus esforços (e seu budget ) na recuperação das vendas. Em contrapartida, tenho visto empresas se adequando a esta nova realidade de maneira simples e objetiva. No final o resultado tem sido o mesmo – a redução.

O que difere nos dois casos é a ‘experiência’ que cada uma delas proporciona. Na primeira, a empresa (através de seus líderes) tem gerado sofrimento para seus liderados, que acabam acreditando que com mais dinheiro e muito mais esforço, os clientes irão comprar mais. Na segunda, embora desconfortável, um caminhar consciente de que as coisas precisam ser adequadas à realidade vigente.


Image courtesy of ddpavumba at FreeDigitalPhotos.net

De tudo isto, me parece um bom momento para educarmos nossos filhos e a geração que desembarca no planeta com o conhecimento de que há para todos se soubermos trabalhar nesta direção.

Não faltará para ninguém se soubermos olhar com cooperação e compaixão, além dos muros de nossas casas e de nossas empresas.

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