A hora da virada
Num momento onde a economia anda de ré, e a incerteza é a pauta do dia, será que é hora de investir no Relacionamento com Clientes?
Leonardo Barci
Publicado em 31 de agosto de 2020 às 04h00.
Última atualização em 31 de agosto de 2020 às 09h13.
Pense por um instante em uma figura pública, seja do presente ou do passado, que você admire.
Pode ser um inventor, um executivo, um líder religioso ou mesmo um político que deixou sua marca registrada no tempo.
Olhando a história de trás para frente pode ser até fácil compreender como essa pessoa se tornou notória e reconhecida. Talvez a vida tenha lhe dado um empurrãozinho extra que não é concedido a qualquer um.
Este exercício, embora tenha o seu valor, às vezes parece injusto pela distância que a figura que escolhemos pode estar do ponto onde cada um de nós – pobres mortais – ainda se encontra.
Dependendo da escolha que fizemos, podemos até supor que esta pessoa é um ser de um mundo mais evoluído, e que veio a este fim de mundo cósmico nos ensinar alguma coisa nova.
Ainda que este seja o caso, seja esta suposição verdadeira ou não, uma coisa é fato, no momento em que este ser pisa no nosso planeta ele conta com, exatamente, as mesmas ferramentas e limitações que cada um de nós.
O que é possível, e até provável, é que sendo de um lugar mais evoluído esta pessoa tenha a bagagem e o aprendizado prévio que nos falta para chegarmos lá.
Seja como for, vou escolher uma figura que admiro para nos acompanhar no texto de hoje, o famoso Nikola Tesla.
Se você está lendo este artigo então é provável que devamos nosso agradecimento não só ao Tesla por ter nos brindado com a corrente alternada, mas também ao seu famoso ‘opositor’ Thomas Edison que popularizou a corrente contínua da qual praticamente todo equipamento eletrônico faz uso atualmente.
Do outro lado do espectro figuras como Steve Jobs e Bill Gates foram, sem sombra de dúvidas, os responsáveis em popularizar a computação.
Entre estes dois pontos da história, figuras anônimas como os inovadores da Xerox que inspiraram Jobs na construção da primeira versão gráfica de seu Mac, bem como dos engenheiros da IBM que desenharam os primeiros PC’s. E antes deles ainda, o pessoal da Texas Instruments que criaram o coração de toda esta revolução.
Bem, neste ponto você já deve ter se dado conta de que a frase de Newton “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes” faz todo sentido se olharmos a história como um filme e não mais como um punhado de pequenas fotos ou de ‘figuras míticas caídas do céu’.
Boa parte das pessoas quer ser famosa, ter sucesso, mas poucas estão preparadas para os dissabores que a vida irá cobrar até chegar lá. Imagine por um instante que você é chamado pelo seu mentor antes de “aterrissar”. Ele te diz algo mais ou menos assim: “Olhe meu caro Tesla, você será uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas da história moderna. Você irá mudar o rumo da civilização a partir da distribuição da energia elétrica. Você terá suas dificuldades iniciais, irá nascer em um país pouco conhecido na época, irá para os Estados Unidos, seu primeiro trabalho será quase escravo. Sua capacidade inata terá, durante muitos anos, a incompreensão equivalente a uma língua desconhecida. Em algum momento da sua existência a ‘mesa irá virar’ e você levará a vida de um bon vivant. Você terá seus anos de glória, mas irá morrer quase como um indigente, sozinho e esquecido em um quarto de hotel. Depois de sua morte você terá o merecido reconhecimento, mas ele chegará a ser tão grande que irão até ligar a sua existência a teorias da conspiração e até abduções alienígenas. Bem, dito isto, a pergunta é: você topa?”
Nestes últimos meses aqui no blog temos sinalizado que o momento para melhorar o relacionamento com clientes nunca foi tão oportuno. Por um lado, se basear na visão construída ao longo de anos de Bezos (fundador da Amazon) e achar que nossos negócios se digitalizarão do dia para noite, é o equivalente a achar que pelo simples fato de entendermos que isso é possível, e até necessário, esta ideia irá se concretizar como em um passe de mágica.
Pela minha experiência pessoal, um negócio médio (com um faturamento entre R$ 10 a R$ 100 milhões) irá demorar minimamente de 8 a 16 meses para mudar sua forma de relacionamento e pelo menos 2 a 3 anos para que isso se torne uma prática recorrente. Para um grande negócio nunca vi isso acontecer em um prazo menor do que 5 anos.
Para pequenos negócios, dependendo da realidade, esse prazo pode estar entre algo como 4 a 6 meses e 1 ano para se estabilizar.
Ainda que consideremos o momento ‘estranho’ de nossa história, a mudança cosmética pode ser rápida, mas aquilo que irá perdurar precisa de tempo, dedicação e persistência para se tornar uma prática perene.
Da mesma forma que grandes personagens que surgem ao longo do tempo precisam construir algum repertório para apoiar sua jornada, criar a nossa própria história de sucesso exige uma ‘bagagem mínima’.
Essa bagagem é composta em primeiro lugar de conhecimento. O tal do big data está aí há poucos anos, mas os ombros onde ele se apoia tem fácil mais de 50 anos. Sem esta compreensão tentamos queimar etapas vitais de estudo e preparação que formarão a base de um bom relacionamento com clientes.
Em adição a isso, tipicamente grandes figuras são reconhecidas como tendo um caráter e princípios que tendem a permanecer ao longo do tempo.
Em nosso caso estes valores poderiam ser traduzidos naquilo que costumamos citar aqui no blog como propósito nobre, valores ou usando a referência do Simon Sinek o Porque e o O que.
Meu objetivo ao final deste texto é trazer a referência de que independentemente da história que desejemos criar, seja como empreendedores, executivos ou profissionais de marketing, o sucesso e o bom resultado do relacionamento com nossos clientes demandarão trabalho, dedicação e amor por aquilo que fazemos.
Pense por um instante em uma figura pública, seja do presente ou do passado, que você admire.
Pode ser um inventor, um executivo, um líder religioso ou mesmo um político que deixou sua marca registrada no tempo.
Olhando a história de trás para frente pode ser até fácil compreender como essa pessoa se tornou notória e reconhecida. Talvez a vida tenha lhe dado um empurrãozinho extra que não é concedido a qualquer um.
Este exercício, embora tenha o seu valor, às vezes parece injusto pela distância que a figura que escolhemos pode estar do ponto onde cada um de nós – pobres mortais – ainda se encontra.
Dependendo da escolha que fizemos, podemos até supor que esta pessoa é um ser de um mundo mais evoluído, e que veio a este fim de mundo cósmico nos ensinar alguma coisa nova.
Ainda que este seja o caso, seja esta suposição verdadeira ou não, uma coisa é fato, no momento em que este ser pisa no nosso planeta ele conta com, exatamente, as mesmas ferramentas e limitações que cada um de nós.
O que é possível, e até provável, é que sendo de um lugar mais evoluído esta pessoa tenha a bagagem e o aprendizado prévio que nos falta para chegarmos lá.
Seja como for, vou escolher uma figura que admiro para nos acompanhar no texto de hoje, o famoso Nikola Tesla.
Se você está lendo este artigo então é provável que devamos nosso agradecimento não só ao Tesla por ter nos brindado com a corrente alternada, mas também ao seu famoso ‘opositor’ Thomas Edison que popularizou a corrente contínua da qual praticamente todo equipamento eletrônico faz uso atualmente.
Do outro lado do espectro figuras como Steve Jobs e Bill Gates foram, sem sombra de dúvidas, os responsáveis em popularizar a computação.
Entre estes dois pontos da história, figuras anônimas como os inovadores da Xerox que inspiraram Jobs na construção da primeira versão gráfica de seu Mac, bem como dos engenheiros da IBM que desenharam os primeiros PC’s. E antes deles ainda, o pessoal da Texas Instruments que criaram o coração de toda esta revolução.
Bem, neste ponto você já deve ter se dado conta de que a frase de Newton “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes” faz todo sentido se olharmos a história como um filme e não mais como um punhado de pequenas fotos ou de ‘figuras míticas caídas do céu’.
Boa parte das pessoas quer ser famosa, ter sucesso, mas poucas estão preparadas para os dissabores que a vida irá cobrar até chegar lá. Imagine por um instante que você é chamado pelo seu mentor antes de “aterrissar”. Ele te diz algo mais ou menos assim: “Olhe meu caro Tesla, você será uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas da história moderna. Você irá mudar o rumo da civilização a partir da distribuição da energia elétrica. Você terá suas dificuldades iniciais, irá nascer em um país pouco conhecido na época, irá para os Estados Unidos, seu primeiro trabalho será quase escravo. Sua capacidade inata terá, durante muitos anos, a incompreensão equivalente a uma língua desconhecida. Em algum momento da sua existência a ‘mesa irá virar’ e você levará a vida de um bon vivant. Você terá seus anos de glória, mas irá morrer quase como um indigente, sozinho e esquecido em um quarto de hotel. Depois de sua morte você terá o merecido reconhecimento, mas ele chegará a ser tão grande que irão até ligar a sua existência a teorias da conspiração e até abduções alienígenas. Bem, dito isto, a pergunta é: você topa?”
Nestes últimos meses aqui no blog temos sinalizado que o momento para melhorar o relacionamento com clientes nunca foi tão oportuno. Por um lado, se basear na visão construída ao longo de anos de Bezos (fundador da Amazon) e achar que nossos negócios se digitalizarão do dia para noite, é o equivalente a achar que pelo simples fato de entendermos que isso é possível, e até necessário, esta ideia irá se concretizar como em um passe de mágica.
Pela minha experiência pessoal, um negócio médio (com um faturamento entre R$ 10 a R$ 100 milhões) irá demorar minimamente de 8 a 16 meses para mudar sua forma de relacionamento e pelo menos 2 a 3 anos para que isso se torne uma prática recorrente. Para um grande negócio nunca vi isso acontecer em um prazo menor do que 5 anos.
Para pequenos negócios, dependendo da realidade, esse prazo pode estar entre algo como 4 a 6 meses e 1 ano para se estabilizar.
Ainda que consideremos o momento ‘estranho’ de nossa história, a mudança cosmética pode ser rápida, mas aquilo que irá perdurar precisa de tempo, dedicação e persistência para se tornar uma prática perene.
Da mesma forma que grandes personagens que surgem ao longo do tempo precisam construir algum repertório para apoiar sua jornada, criar a nossa própria história de sucesso exige uma ‘bagagem mínima’.
Essa bagagem é composta em primeiro lugar de conhecimento. O tal do big data está aí há poucos anos, mas os ombros onde ele se apoia tem fácil mais de 50 anos. Sem esta compreensão tentamos queimar etapas vitais de estudo e preparação que formarão a base de um bom relacionamento com clientes.
Em adição a isso, tipicamente grandes figuras são reconhecidas como tendo um caráter e princípios que tendem a permanecer ao longo do tempo.
Em nosso caso estes valores poderiam ser traduzidos naquilo que costumamos citar aqui no blog como propósito nobre, valores ou usando a referência do Simon Sinek o Porque e o O que.
Meu objetivo ao final deste texto é trazer a referência de que independentemente da história que desejemos criar, seja como empreendedores, executivos ou profissionais de marketing, o sucesso e o bom resultado do relacionamento com nossos clientes demandarão trabalho, dedicação e amor por aquilo que fazemos.