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O que Rihanna e Conor McGregor têm em comum com o futuro das marcas?

Não é de hoje que marcas perceberam a grande sacada de explorar a estratégia de investir em celebridades e influencers para alcançar públicos de interesse

Rihanna: a cantora se tornou oficialmente bilionária e possui uma fortuna avaliada em US$ 1,7 bilhão (Charles Platiau/Reuters)
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beatrizcorreia

Publicado em 15 de setembro de 2021 às 11h34.

Há algum tempo, as marcas vêm percebendo a importância de ouvir o consumidor para entender quais são as suas preferências e necessidades. Não é à toa que, nos últimos três anos, temos acompanhado uma revolução no mercado com o surgimento das DNVBs. Essas empresas têm como principal premissa uma obsessão pelo foco no cliente, porque entendem que o poder está nas mãos de quem conhece seu público, de verdade, sem definições rasas, como faixa etária, localidade, gênero, etc. E para isso, as marcas nativas digitais acumulam e analisam uma quantidade astronômica de dados em tempo real. Mas, você deve estar se perguntando, o que a Rihanna ou o Conor McGregor têm a ver com isso?

Bom, não é de hoje que as marcas perceberam que é uma grande sacada explorar a estratégia de investir em celebridades e influencers para alcançar os seus públicos de interesse. Isso porque esses artistas têm um canal direto com as suas comunidades e conseguem não só promover produtos e serviços, indicando-os como quem indica a um amigo, mas também porque são capazes de colher uma enorme quantidade de informações, e com pesquisas simples.

Vamos trazer um caso prático: imagine que você quer entender qual seria o melhor caminho para oferecer determinado produto, se por meio do seu site ou de uma rede social, e pede para que a Anitta coloque uma pesquisa no Instagram questionando seus seguidores sobre isso. Com certeza, o alcance seria imenso e os ganhos são incalculáveis. E esse é exatamente o ponto onde as DNVBs e as celebridades se encontram.

Atualmente, temos diversos exemplos no mercado de personalidades que representam empresas por meio de parcerias e também de grandes criadores de conteúdo ou artistas que passaram a participar ativamente da construção e do desenvolvimento destas marcas, como é o caso da Julia Petit com a Sallve e da Anitta com o Nubank. Por terem uma visão macro e de todos os lados desse ecossistema, elas se tornaram chave fundamental no elo entre empresas e consumidores e assim, conquistam um retorno incrível. Mas, como o mundo está em constante transformação, precisamos estar atentos aos próximos passos que, nesse caso, estão mais para “passos já dados”.

Neste momento, estamos presenciando a era das DNVBs de grandes celebridades. Isso porque muitas personalidades já passaram a olhar para essas marcas nativas digitais como uma oportunidade de monetizar sua relevância e engajamento nas redes. Um dos cases mais emblemáticos é o da atriz, cantora, e agora empreendedora, Rihanna, que se tornou oficialmente bilionária. A fortuna da conhecida intérprete de Umbrella está avaliada em US$ 1,7 bilhão, mas grande parte do valor - cerca de US$ 1,4 bilhão - é fruto da sua marca de cosméticos, a Fenty Beauty, da qual detém 50% em uma parceria com o conglomerado francês de bens de luxo LVMH. Outra parte do valor - US$ 270 milhões - provém da marca de lingerie da Savage x Fenty e o restante é por conta de sua carreira como cantora e atriz.

O intuito da artista com esse negócio sempre foi promover a “beleza para todas”, assim como diversas empresas se propõe a fazer, mas o grande diferencial aqui é que isso não ficou só no papel, como costuma acontecer. Quando foi lançada, em 2017, na Fenty Beauty haviam 40 tipos de tons diferentes de base, hoje já são 50 e isso é um exemplo bem claro de como é importante ouvir o consumidor. A empresa movimenta uma comunidade onde há um grande esforço em manter o diálogo com essas mulheres-clientes, para entender as suas dores e necessidades.

E, aqui, chegamos a um ponto fundamental: a empresa deu certo não só pelo alcance inacreditável que a artista tem, mas principalmente porque ela entende quem é o seu público e o que ele espera, em tempo real, mês após mês. Dá pra perceber agora qual é a grande sacada e o X desta questão? É claro que ser famoso dá aquele empurrãozinho, devido a grande visibilidade, mas o que consolida uma marca é fundamentalmente o fato de entender o seu consumidor.

Outro caso impressionante que acompanhamos é o do lutador de MMA, Conor McGregor. Em 2018, ele lançou o 'Whisky Proper Nº Twelve' pela Eire Born Spirits, empresa fundada pelo lutador e seu empresário e, em abril deste ano, ele vendeu a sua marca por 130 milhões de euros para a empresa mexicana de tequila, a Becle, dona da Jose Cuervo. Desde que criou o Whisky, McGregor nunca parou de promover a sua marca onde quer que ele fosse.

Um ponto fundamental que une esses dois cases de sucesso é a questão da autenticidade e a identificação. Assim, como no caso mais recente, do LeBron James. Recentemente, o jogador de basquete conseguiu entrar no Jogo 5 entre Bucks e Suns com uma garrafa de tequila, "Lobos 1707" - marca na qual investe desde o ano passado - e disparou o interesse na marca.

O fato é que o segredo dos negócios do futuro está mais do que escancarado e bem na nossa frente é: para que uma empresa tenha sucesso ela deve, necessariamente, buscar cada vez mais formas de se conectar verdadeiramente com o seu consumidor. E unir o esforço de entender o seu público seja por meio das redes sociais ou comunidades, e somar isso às celebridades, de forma autêntica e criativa, pode agregar um valor incrível à marca.

É claro que, assim como qualquer outra estratégia, ela não pode ser feita “por fazer”. É preciso entender o que funciona para a sua organização e qual a melhor forma de ter um impacto realmente positivo. Com isso em mente, só resta mais uma pergunta: ainda está parado aqui por que?

Sobre Rapha Avellar

Rapha Avellar é um empreendedor em série e fundador da Adventures, primeira Brandtech da América Latina e uma das mais promissoras startups do país, que está criando o maior ecossistema de marcas nativas digitais das Américas. Antes disso, criou uma das empresas de mídia de crescimento mais rápido no Brasil antes da Adventures e levou a empresa da família de uma receita de R$ 3 milhões para R$ 30 milhões em 5 anos. Líder nato, comanda mais de 300 pessoas na Adventures e tem um histórico impressionante em negócios de crescimento rápido, acumula mais de 500 mil seguidores e milhões em alcance mensal em todas as mídias sociais, sendo um dos líderes mais influentes em marketing e empreendedorismo de sua geração. Além disso, conta com mais de 1 milhão de plays em seus podcasts, The CMO Playbook e Nas Trincheiras.

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Há algum tempo, as marcas vêm percebendo a importância de ouvir o consumidor para entender quais são as suas preferências e necessidades. Não é à toa que, nos últimos três anos, temos acompanhado uma revolução no mercado com o surgimento das DNVBs. Essas empresas têm como principal premissa uma obsessão pelo foco no cliente, porque entendem que o poder está nas mãos de quem conhece seu público, de verdade, sem definições rasas, como faixa etária, localidade, gênero, etc. E para isso, as marcas nativas digitais acumulam e analisam uma quantidade astronômica de dados em tempo real. Mas, você deve estar se perguntando, o que a Rihanna ou o Conor McGregor têm a ver com isso?

Bom, não é de hoje que as marcas perceberam que é uma grande sacada explorar a estratégia de investir em celebridades e influencers para alcançar os seus públicos de interesse. Isso porque esses artistas têm um canal direto com as suas comunidades e conseguem não só promover produtos e serviços, indicando-os como quem indica a um amigo, mas também porque são capazes de colher uma enorme quantidade de informações, e com pesquisas simples.

Vamos trazer um caso prático: imagine que você quer entender qual seria o melhor caminho para oferecer determinado produto, se por meio do seu site ou de uma rede social, e pede para que a Anitta coloque uma pesquisa no Instagram questionando seus seguidores sobre isso. Com certeza, o alcance seria imenso e os ganhos são incalculáveis. E esse é exatamente o ponto onde as DNVBs e as celebridades se encontram.

Atualmente, temos diversos exemplos no mercado de personalidades que representam empresas por meio de parcerias e também de grandes criadores de conteúdo ou artistas que passaram a participar ativamente da construção e do desenvolvimento destas marcas, como é o caso da Julia Petit com a Sallve e da Anitta com o Nubank. Por terem uma visão macro e de todos os lados desse ecossistema, elas se tornaram chave fundamental no elo entre empresas e consumidores e assim, conquistam um retorno incrível. Mas, como o mundo está em constante transformação, precisamos estar atentos aos próximos passos que, nesse caso, estão mais para “passos já dados”.

Neste momento, estamos presenciando a era das DNVBs de grandes celebridades. Isso porque muitas personalidades já passaram a olhar para essas marcas nativas digitais como uma oportunidade de monetizar sua relevância e engajamento nas redes. Um dos cases mais emblemáticos é o da atriz, cantora, e agora empreendedora, Rihanna, que se tornou oficialmente bilionária. A fortuna da conhecida intérprete de Umbrella está avaliada em US$ 1,7 bilhão, mas grande parte do valor - cerca de US$ 1,4 bilhão - é fruto da sua marca de cosméticos, a Fenty Beauty, da qual detém 50% em uma parceria com o conglomerado francês de bens de luxo LVMH. Outra parte do valor - US$ 270 milhões - provém da marca de lingerie da Savage x Fenty e o restante é por conta de sua carreira como cantora e atriz.

O intuito da artista com esse negócio sempre foi promover a “beleza para todas”, assim como diversas empresas se propõe a fazer, mas o grande diferencial aqui é que isso não ficou só no papel, como costuma acontecer. Quando foi lançada, em 2017, na Fenty Beauty haviam 40 tipos de tons diferentes de base, hoje já são 50 e isso é um exemplo bem claro de como é importante ouvir o consumidor. A empresa movimenta uma comunidade onde há um grande esforço em manter o diálogo com essas mulheres-clientes, para entender as suas dores e necessidades.

E, aqui, chegamos a um ponto fundamental: a empresa deu certo não só pelo alcance inacreditável que a artista tem, mas principalmente porque ela entende quem é o seu público e o que ele espera, em tempo real, mês após mês. Dá pra perceber agora qual é a grande sacada e o X desta questão? É claro que ser famoso dá aquele empurrãozinho, devido a grande visibilidade, mas o que consolida uma marca é fundamentalmente o fato de entender o seu consumidor.

Outro caso impressionante que acompanhamos é o do lutador de MMA, Conor McGregor. Em 2018, ele lançou o 'Whisky Proper Nº Twelve' pela Eire Born Spirits, empresa fundada pelo lutador e seu empresário e, em abril deste ano, ele vendeu a sua marca por 130 milhões de euros para a empresa mexicana de tequila, a Becle, dona da Jose Cuervo. Desde que criou o Whisky, McGregor nunca parou de promover a sua marca onde quer que ele fosse.

Um ponto fundamental que une esses dois cases de sucesso é a questão da autenticidade e a identificação. Assim, como no caso mais recente, do LeBron James. Recentemente, o jogador de basquete conseguiu entrar no Jogo 5 entre Bucks e Suns com uma garrafa de tequila, "Lobos 1707" - marca na qual investe desde o ano passado - e disparou o interesse na marca.

O fato é que o segredo dos negócios do futuro está mais do que escancarado e bem na nossa frente é: para que uma empresa tenha sucesso ela deve, necessariamente, buscar cada vez mais formas de se conectar verdadeiramente com o seu consumidor. E unir o esforço de entender o seu público seja por meio das redes sociais ou comunidades, e somar isso às celebridades, de forma autêntica e criativa, pode agregar um valor incrível à marca.

É claro que, assim como qualquer outra estratégia, ela não pode ser feita “por fazer”. É preciso entender o que funciona para a sua organização e qual a melhor forma de ter um impacto realmente positivo. Com isso em mente, só resta mais uma pergunta: ainda está parado aqui por que?

Sobre Rapha Avellar

Rapha Avellar é um empreendedor em série e fundador da Adventures, primeira Brandtech da América Latina e uma das mais promissoras startups do país, que está criando o maior ecossistema de marcas nativas digitais das Américas. Antes disso, criou uma das empresas de mídia de crescimento mais rápido no Brasil antes da Adventures e levou a empresa da família de uma receita de R$ 3 milhões para R$ 30 milhões em 5 anos. Líder nato, comanda mais de 300 pessoas na Adventures e tem um histórico impressionante em negócios de crescimento rápido, acumula mais de 500 mil seguidores e milhões em alcance mensal em todas as mídias sociais, sendo um dos líderes mais influentes em marketing e empreendedorismo de sua geração. Além disso, conta com mais de 1 milhão de plays em seus podcasts, The CMO Playbook e Nas Trincheiras.

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