Vendas do Viagra disparam com queda de preço

A quebra da patente do Viagra e a conseqüente redução de preço do medicamento para disfunção erétil mais famoso do mundo fez as vendas do comprimido dispararem. Como resposta preventiva ao fim do seu monopólio, a Pfizer reduziu, no início de junho, o preço de 30 para 15 reais por comprimido. De acordo com a empresa, as vendas cresceram 45% na comparação com maio, chegando a 800 000 unidades vendidas, contra as cerca de 550 000 do mês anterior. Em julho também foram vendidos cerca de 800 000 comprimidos.

Já a EMS, que lançou sua versão genérica do Viagra no dia 21 de junho, afirma que em 40 dias vendeu 2 milhões de comprimidos – pelo preço unitário de 10 reais -, uma média diária de 50 000 unidades. Os dados, fornecidos pelas próprias empresas, mostram um crescimento de 320% nas vendas do medicamento na comparação entre maio, último mês de reinado absoluto da Pfizer, com julho.

De acordo com Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos, com a redução de preço do remédio para disfunção erétil, mais pessoas passaram a ter acesso ao medicamento. Além disso, segundo a Pró Genéricos, o Viagra mais barato e seu genérico ganharam mercado de concorrentes como o Cialis, fabricado pelo laboratório americano Eli Lilly, e o Levitra, do laboratório alemão Bayer. Os dois produtos, que saem por 30 reais o preço unitário, teriam sofrido queda nas vendas, porque não conseguiram equiparar o valor da pílula ao preço do mercado, afirma Finotti. A Eli Lilly e a Bayer negam que tenha havido queda nas vendas.

A expectativa da Pró Genéricos é que a venda do citrato de sildenafil, princípio ativo do Viagra, atinja 15 milhões de unidades em 2010. Por ano, 7 milhões de comprimidos azuis eram vendidos antes de ganhar a sua versão mais barata, segundo o presidente da Pró Genéricos.