Exame.com
Continua após a publicidade

Odebrecht e Gradin retomam discussão societária

Pagamento do impasse poderá usar ações da Braskem, segundo EXAME apurou

Os empresários Emilio Odebrecht e Bernardo Gradin: as ações da Braskem podem ser a moeda para resolver a briga societária entre as famílias (Caio Guatelli / Folhapress; Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo)
Os empresários Emilio Odebrecht e Bernardo Gradin: as ações da Braskem podem ser a moeda para resolver a briga societária entre as famílias (Caio Guatelli / Folhapress; Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo)
P
Primeiro Lugar

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às, 06h00.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2018 às, 06h00.

O empresário Emilio Odebrecht retomou — e quer agilizar — todos os assuntos pendentes do grupo que, durante anos, ficaram a cargo do filho Marcelo. Um deles é a histórica e gigantesca disputa societária com a família Gradin, que detém 20% da holding da Odebrecht. Nos últimos meses, as conversas entre as famílias Odebrecht e Gradin ficaram mais constantes, rumo à possibilidade de um acordo final em que a Odebrecht recompre as ações — claro, falta acordar o preço e a forma.

Na mesa, a possibilidade atual em discussão é que a Odebrecht pague os Gradin com parte das ações que detém na petroquímica Braskem. Não é uma operação trivial, já que as ações estão como garantia de bancos credores da Odebrecht, mas o momento é propício — Odebrecht e Petrobras estão em meio à revisão do acordo de acionistas pelo qual controlam a petroquímica e têm suas ações vinculadas. Bernardo Gradin foi presidente da Braskem de 2008 a 2010.

Em sete anos de disputa societária entre as famílias, Marcelo Odebrecht era tido como o mais resistente a qualquer acordo. Os Odebrecht passaram cinco anos tentando fazer a discussão na Justiça, mas há dois anos os Gradin conseguiram que a disputa seja por arbitragem, como estava no contrato. A família Gradin não comentou e a Odebrecht não retornou.