O papel da CVM no caso Eike
Os advogados de Eike Batista e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) estão travando uma guerra silenciosa para definir o papel que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terá no julgamento dos processos criminais que tiveram origem no ocaso do grupo X. O MPF quer que a CVM, órgão regulador do mercado de capitais, atue como assistente de acusação — Eike é acusado de manipulação de mercado e de […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2015 às 19h25.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h07.
Os advogados de Eike Batista e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) estão travando uma guerra silenciosa para definir o papel que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terá no julgamento dos processos criminais que tiveram origem no ocaso do grupo X. O MPF quer que a CVM, órgão regulador do mercado de capitais, atue como assistente de acusação — Eike é acusado de manipulação de mercado e de vender ações usando informação privilegiada. Se for condenado, pode pegar até 13 anos de prisão. A CVM desempenhou esse papel no julgamento de “insider” de ex-diretores da Sadia, condenados pela Justiça em 2011 — e, segundo funcionários do MPF, foi fundamental para fortalecer a acusação. A defesa quer evitar que isso aconteça. Segundo pessoas próximas ao empresário, os advogados esperam que o caso seja julgado pela CVM antes do julgamento na esfera criminal. A esperança é convencer o colegiado da CVM a inocentar Eike e, assim, esvaziar o processo seguinte. A CVM informa que ainda não viu “necessidade” para atuar como assistente da acusação.
Os advogados de Eike Batista e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) estão travando uma guerra silenciosa para definir o papel que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terá no julgamento dos processos criminais que tiveram origem no ocaso do grupo X. O MPF quer que a CVM, órgão regulador do mercado de capitais, atue como assistente de acusação — Eike é acusado de manipulação de mercado e de vender ações usando informação privilegiada. Se for condenado, pode pegar até 13 anos de prisão. A CVM desempenhou esse papel no julgamento de “insider” de ex-diretores da Sadia, condenados pela Justiça em 2011 — e, segundo funcionários do MPF, foi fundamental para fortalecer a acusação. A defesa quer evitar que isso aconteça. Segundo pessoas próximas ao empresário, os advogados esperam que o caso seja julgado pela CVM antes do julgamento na esfera criminal. A esperança é convencer o colegiado da CVM a inocentar Eike e, assim, esvaziar o processo seguinte. A CVM informa que ainda não viu “necessidade” para atuar como assistente da acusação.