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Mark Mobius continua sorrindo para o Brasil

O investidor americano Mark Mobius, da gestora Franklin Templeton, tem 5 bilhões de dólares aplicados em ações brasileiras — e não está preocupado com a instabilidade provocada pela recente onda de protestos. Segundo ele, as manifestações podem ser boas para o país no longo prazo. Mobius falou a EXAME por telefone. EXAME – O senhor acredita que os protestos podem tornar o país menos atraente para os investidores? Mark Mobius […] Leia mais

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Primeiro Lugar

Publicado em 4 de julho de 2013 às, 13h35.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h57.

O investidor americano Mark Mobius, da gestora Franklin Templeton, tem 5 bilhões de dólares aplicados em ações brasileiras — e não está preocupado com a instabilidade provocada pela recente onda de protestos. Segundo ele, as manifestações podem ser boas para o país no longo prazo. Mobius falou a EXAME por telefone.

EXAME – O senhor acredita que os protestos podem tornar o país menos atraente para os investidores?
Mark Mobius – Não. Vejo os protestos como algo positivo. Um país com o tamanho do Brasil deveria estar crescendo mais. Deveria ser mais desenvolvido. Uma das razões para o baixo crescimento é a burocracia e a ineficiência do setor público. Boa parte da vida das pessoas e dos negócios depende do bom funcionamento do serviço público. Por isso é maravilhoso ver milhões de pessoas protestando contra isso. O Brasil pode sair melhor dessa.

EXAME – Mas e no curto prazo?
Mark Mobius – No curto prazo o impacto pode ser negativo. Muitos vão dizer que o Brasil é um país instável.

EXAME – A Templeton continua investindo no Brasil?
Mark Mobius – Não mudamos nossas posições. O Brasil é uma democracia sólida. Continuamos gostando do Brasil.

EXAME – O fim dos incentivos monetários nos Estados Unidos está afetando os países emergentes, principalmente o Brasil. Isso não é um mau sinal no longo prazo?
Mark Mobius – O desemprego nos Estados Unidos está caindo. É um sinal de que as coisas estão melhorando. Se a maior economia do mundo está indo bem, não tem como ser má notícia para o Brasil. É bom para o mundo, e o Brasil só pode se beneficiar. Haverá mais oportunidades de negócios para o Brasil com a recuperação americana.

(Com Humberto Maia Júnior)