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MAP Linhas Aéreas se diz pronta para ponte aérea Rio-São Paulo

Companhia da região norte quer usar os novos aviões ATRs com os quais ampliaria sua malha regional para estrear em Congonhas nas vagas deixadas pela Avianca

Saguão de Congonhas: companhias aéreas disputam espaço no aeroporto mais movimentado do país (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO/Exame)
Saguão de Congonhas: companhias aéreas disputam espaço no aeroporto mais movimentado do país (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 28 de julho de 2019 às, 08h00.

Última atualização em 28 de julho de 2019 às, 08h00.

A MAP Linhas Aéreas, que hoje opera no Amazonas e no Pará com apenas cinco aeronaves, é uma das candidatas a abocanhar parte dos 41 pares de slots da Avianca Brasil no aeroporto paulistano de Congonhas que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai começar a redistribuir amanhã.

Segundo seu presidente, Héctor Hamada, a MAP, que tem sede em Manaus, está pronta para começar a oferecer voos na ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo, a rota mais lucrativa do país. "Já tínhamos contratos de leasing de mais aeronaves prontos para aumentar nossa frota e começar a servir mais destinos na nossa região, como Acre e Maranhão. Mas ir para o sul é uma grande oportunidade de dar um salto", afirma. A MAP é controlada pelo piloto Marcos Pacheco. O nome da companhia inicialmente aludia ao dono, porém depois passou a significar Manaus Aerotáxi Participações. Os novos aviões da MAP são do mesmo modelo dos que já opera, os ATRs, da fabricante francesa Avions de Transport Regional.

Menor das seis companhias aéreas autorizadas pela Anac a atuar nacionalmente, a MAP transportou em junho 13.122 passageiros, um salto de 36% ante o mesmo período de 2018, segundo dados da agência. No mês passado, a empresa amazonense viu sua participação de mercado subir 40%, de 0,1% a 0,2%. No final de maio, a Avianca, que tinha voos diretos de Guarulhos, em São Paulo, e de Brasília, Distrito Federal, para Belém do Pará, foi proibida de operar pela Anac por preocupações com a segurança. A empresa, controlada pelos irmãos boliviano-brasileiros Germán e José Efromovich, está em recuperação judicial desde dezembro.

Sem a Avianca, a oferta de assentos no mercado doméstico, isto é, para voos com origem e destino dentro do país, teve queda de 9,2% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, ainda que a demanda de passageiros tenha caído menos, em cerca de 4,7%.