Primeiro Lugar
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 11h13.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h51.
No ano passado, o pessimismo em relação ao desempenho da economia brasileira custou caro a Luis Stuhlberger, o gestor de fundos mais bem- sucedido do Brasil. Seu fundo, o Verde, rendeu apenas 8,80% em 2014 — menos do que os 10,81% pagos por títulos públicos. Foi, afinal, um ano em que a bolsa subiu um pouco, o dólar pouco se mexeu e o país parecia anestesiado pelo vaivém eleitoral. Em 2015, a crise veio, e veio pesado. E Stuhlberger está dando o troco. Com apostas certeiras no câmbio e no mercado de juros, o Verde valorizou 22,3% até setembro. O CDI rendeu 9,5% no período. O fundo administra 14 bilhões de reais. Se é bom para os investidores, esse desempenho é espetacular para Stuhlberger e seus sócios. Como recebem 20% do retorno que exceder o CDI, eles dividem cerca de 420 milhões de reais em lucros. Feitas as contas, dá mais de 2 milhões de reais a cada dia útil. E o ano nem acabou. Stuhlberger, claro, continua pessimista. E, do jeito que anda o Brasil, ele vai continuar se dando bem.