Primeiro Lugar
Publicado em 6 de abril de 2017 às 11h28.
Última atualização em 18 de março de 2019 às 13h37.
A maré não anda boa para o empresário Nelson Tanure, que tenta capitanear a recuperação judicial da endividadíssima operadora de telefonia Oi. Primeiro, surgiu a ameaça de intervenção pelo governo federal — um tiro que mirou Tanure. Nas palavras de um membro do governo, “a gente precisava mostrar para ele que a Oi não é o Jornal do Brasil” (o jornal foi comprado na bacia das almas por Tanure e acabou minguando).
A ameaça acabou desencadeando consequências duras na aliança de acionistas que vinha sendo encabeçada por ele. Segundo EXAME apurou, o fundo americano PointState, um dos maiores acionistas da Oi, comunicou à diretoria da empresa que não está mais ao lado de Tanure. De maneira muito discreta, o fundo passou a incentivar a formação de um grupo de acionistas dissidentes e credores para propor um plano tido por eles como viável para a sobrevivência da Oi. Uma reunião em Nova York estava sendo agendada — provavelmente para o dia 10 de abril.
Eles sabem que Tanure e a portuguesa Pharol têm o poder de fato, já que dominam o conselho de administração. Mas querem, no mínimo, pressioná-los a mudar sua proposta -- ou jogar um contra o outro.