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Estrangeiros não param de tirar dinheiro da bolsa brasileira

O gatilho para as vendas, segundo gestores ouvidos por EXAME, foi o fato de o mercado local ter valorizado de outubro a meados de novembro

Bolsa brasileira: de outubro a meados de novembro, o volume de resgates chegou a 9,5 bilhões de reais. (Germano Lüders/Exame)
Bolsa brasileira: de outubro a meados de novembro, o volume de resgates chegou a 9,5 bilhões de reais. (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 22 de novembro de 2018 às, 06h00.

Última atualização em 22 de novembro de 2018 às, 11h34.

Os investidores estrangeiros não param de tirar dinheiro da bolsa brasileira. De outubro a meados de novembro, o volume de resgates chegou a 9,5 bilhões de reais. O gatilho para as vendas, segundo gestores ouvidos por EXAME, foi o fato de o mercado local ter valorizado nesse intervalo, enquanto na maioria dos países emergentes o preço das ações caiu. Em dólares, o -Ibovespa, indicador do comportamento das principais ações, subiu cerca de 20% no período. “Muitos investidores aproveitaram a alta e venderam ações brasileiras para comprar papéis que ficaram mais baratos em outros mercados emergentes”, diz Peter Taylor, diretor da gestora britânica Aberdeen, responsável pela área de renda variável no Brasil. A Aberdeen também fez resgates nesse período, ainda que, no acumulado do ano, tenha aumentado os investimentos aqui. Outra explicação para os resgates é o fato de que, ao contrário dos investidores brasileiros, que têm se mostrado mais otimistas com o governo de Jair Bolsonaro, os estrangeiros estão no modo “pagar para ver”. A maioria tem preferido esperar o início do governo — em especial o andamento da agenda de reformas e medidas de ajuste fiscal — para decidir se vale a pena comprar mais ações no Brasil.