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A Odebrecht entre o risco e o risco

Investidores estão preocupados com as perspectivas para a construtora com a probabilidade de um governo Bolsonaro

Marcelo Odebrecht: receio de sofrer retaliação em governo Haddad (Heuler Andrey/Getty Images)
Marcelo Odebrecht: receio de sofrer retaliação em governo Haddad (Heuler Andrey/Getty Images)
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Primeiro Lugar

Publicado em 25 de outubro de 2018 às, 05h40.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às, 22h20.

Os investidores nos títulos de dívida da Odebrecht estão preocupados com as perspectivas para a construtora sob um cada vez mais provável governo de Jair Bolsonaro. O mercado financeiro acha que, devido à proximidade da empresa com o PT no passado, o capitão reformado vai evitar conceder à empreiteira baiana novos contratos.

Mas a família dona da empresa aposta que, na realidade, a Odebrecht pode se dar melhor na administração do militar do que com Fernando Haddad na Presidência da República.

O patriarca, Emílio, e seu filho Marcelo têm receio de ser retaliados num eventual governo petista por causa de seus acordos de delação premiada na Operação Lava-Jato, nos quais que denunciaram pagamentos de propina durante os governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016).