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Oi pode arcar com custos de acionistas e credores

Gastos com advogados e assessores financeiros na definição de plano de recuperação podem ficar com a empresa

Logo da operadora de telefonia Oi em shopping em São Paulo, Brasil
14/11/2014
REUTERS/Nacho Doce (Agência Reuters/Reuters)
Logo da operadora de telefonia Oi em shopping em São Paulo, Brasil 14/11/2014 REUTERS/Nacho Doce (Agência Reuters/Reuters)
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Primeiro Lugar

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às, 05h55.

Última atualização em 14 de dezembro de 2017 às, 12h23.

Um conselheiro da telefônica Oi enviou uma carta à reguladora CVM, em novembro, sobre uma decisão “estranha”. Por maioria, o conselho da Oi aprovou o reembolso de despesas do assessor jurídico do fundo Société Mondiale, que representa acionistas como Nelson Tanure, pela empresa — como viagens a Nova York para falar com credores e honorários de reuniões. O pagamento ainda não ocorreu e está condicionado à aprovação da diretoria e do plano de recuperação judicia. Membros do grupo de acionistas dizem que isso se referia ao plano inicialmente apresentado ao conselho e que, portanto, essa questão já não existe mais.

Já na definição do plano da Oi, entregue ao juiz da recuperação judicial na última terça-feira, está previsto que a companhia vai arcar com os custos dos credores com assessores financeiros, sem limitação de valores. Executivos desse grupo dizem que é uma cláusula de praxe nesse tipo de negociação. Eles pediam, inclusive, que a Oi arcasse com o custo dos litígios abertos por eles em outros países -- o que a empresa negou.