Oi pode arcar com custos de acionistas e credores
Gastos com advogados e assessores financeiros na definição de plano de recuperação podem ficar com a empresa
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às, 05h55.
Última atualização em 14 de dezembro de 2017 às, 12h23.
Um conselheiro da telefônica Oi enviou uma carta à reguladora CVM, em novembro, sobre uma decisão “estranha”. Por maioria, o conselho da Oi aprovou o reembolso de despesas do assessor jurídico do fundo Société Mondiale, que representa acionistas como Nelson Tanure, pela empresa — como viagens a Nova York para falar com credores e honorários de reuniões. O pagamento ainda não ocorreu e está condicionado à aprovação da diretoria e do plano de recuperação judicia. Membros do grupo de acionistas dizem que isso se referia ao plano inicialmente apresentado ao conselho e que, portanto, essa questão já não existe mais.
Já na definição do plano da Oi, entregue ao juiz da recuperação judicial na última terça-feira, está previsto que a companhia vai arcar com os custos dos credores com assessores financeiros, sem limitação de valores. Executivos desse grupo dizem que é uma cláusula de praxe nesse tipo de negociação. Eles pediam, inclusive, que a Oi arcasse com o custo dos litígios abertos por eles em outros países -- o que a empresa negou.