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Com crise de segurança no Rio, seguros de cargas disparam

Em média, as apólices estão 30% mais caras, mas há casos em que o valor dobrou, segundo empresários do setor de transportes

Avenida Brasil, no Rio de Janeiro: o roubo de cargas aumentou 25% (José Lucena/Estadão Conteúdo)
Avenida Brasil, no Rio de Janeiro: o roubo de cargas aumentou 25% (José Lucena/Estadão Conteúdo)
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Primeiro Lugar

Publicado em 24 de agosto de 2017 às, 05h55.

Última atualização em 28 de agosto de 2017 às, 15h25.

São Paulo – Mais uma consequência da crise no Rio de Janeiro: os valores dos seguros de carga dispararam. Em média, as apólices estão 30% mais caras, mas há casos em que o valor dobrou, segundo empresários do setor de transportes. Em casos de roubo, mais seguradoras estão cobrando franquia, que varia de 20% a 50% do valor da carga roubada, para cobrir o prejuízo.

Dependendo do tipo de carga, as seguradoras só fazem seguro se a empresa contratar algum serviço extra de segurança, como escolta armada e monitoramento via satélite, ou se tiver caminhões blindados.

Diante do alto custo, algumas empresas têm desistido de renovar os seguros. “Em alguns casos, as taxas ficaram inviáveis e vale mais a pena assumir o risco internamente”, diz o diretor de logística de uma empresa do setor alimentício.

Segundo o sindicato dos transportadores do Rio de Janeiro, Fetranscarga, os roubos aumentaram 25% no primeiro semestre e chegaram a 5.500 casos. A expectativa é que batam os 12.000 casos até o fim do ano. Somado, o prejuízo deve ultrapassar 1 bilhão de reais.

Os produtos mais visados são carnes, bebidas, cigarros e medicamentos. Algumas empresas já deixaram de abastecer regiões consideradas mais perigosas, como o complexo de favelas do Chapadão, na zona norte do Rio.