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Briga pelos pets: Pet Anjo se funde com mexicana para competir com DogHero

Startup brasileira de hospedagem e passeios para bichinhos de estimação recebeu 600 mil reais em investimentos da Mars, das marcas Royal Canin e Whiskas

Carolina Rocha e Thiago Petersen, da Pet Anjo: startup mediou mais de 50 mil serviços no último ano (Pet Anjo/Divulgação)
Carolina Rocha e Thiago Petersen, da Pet Anjo: startup mediou mais de 50 mil serviços no último ano (Pet Anjo/Divulgação)
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Primeiro Lugar

Publicado em 28 de março de 2019 às, 17h51.

Última atualização em 28 de março de 2019 às, 18h50.

A Pet Anjo, plataforma de economia compartilhada que permite contratar serviços para bichos de estimação, ganhou dois impulsos para competir com a líder nesse modelo de negócios no mercado brasileiro -- a DogHero.

Primeiro, a Pet Anjo anunciou uma fusão com a semelhante CuidaMiMascota, do México. “A Pet Anjo sempre foi forte no treinamento dos cuidadores e passeadores, enquanto a CuidaMiMascota é forte em tecnologia, com um aplicativo mais desenvolvido do que o nosso. Poderemos compartilhar as equipes e reduzir nosso custo fixo”, afirma a Carolina Rocha, veterinária e cofundadora da Pet Anjo.

As duas startups também se inscreveram conjuntamente em um programa de investimento da Mars, dona de marcas como Royal Canin e Whiskas, que rendeu um aporte de 600 mil reais.

Mais do que o capital, as plataformas pretendem aproveitar a associação de marca para ações promocionais. CuidaMiMascota e Pet Anjo já participaram de feiras de adoção e posts em mídias sociais promovidos pela Mars. Vale lembrar que a empresa de rações também já atua em serviços no mercado americano, com uma rede própria de clínicas veterinárias.

A Pet Anjo possui quatro mil “anjos” na plataforma, em 150 cidades brasileiras. Eles realizam serviços como hospedagem, cuidado em horário comercial (day care), cuidado por algumas horas (pet sitter) e passeios para cães, gatos e outros bichos de estimação. Em 2018, a Pet Anjo mediou mais de 50 mil serviços e acumulou 200 mil deles em seus cinco anos de atuação. O tíquete médio vai de 150 a 200 reais por contratação, o que pode ser alguns dias de hospedagem ou um mês inteiro de passeios.

A fusão acirra a disputa com a DogHero, que atua com 18 mil anfitriões em 750 cidades em Argentina, Brasil e México. Recentemente, o negócio obteve um aporte de 27 milhões de reais para continuar sua entrada na América Latina.

Em resposta, Carolina Rocha destaca “a qualidade do treinamento”, “serviços a mais” (como day care e pet sitter) e o atendimento além dos cães. Hoje, serviços para gatos representam 45% do total mediado pela Pet Anjo. Em 2015, último ano analisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado nacional de pets foi projetado em cerca de 22 bilhões de reais.