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BNDES e BB vendem créditos podres

A expansão desenfreada do crédito dos bancos públicos nos últimos anos resultou, como se sabe, no aumento de inadimplência. Ficar com esses créditos podres no balanço é mau negócio, já que o dinheiro nunca será recuperado. Para limpar a casa e tentar reverter ao menos parte do prejuízo, BNDES e Banco do Brasil (BB) vão oferecer esses créditos a investidores especializados. Assessorado pela consultoria PwC, o BNDES de Luciano Coutinho separou 6 bilhões de reais para vender ainda no primeiro semestre, naquela que será sua primeira operação desse tipo. O BB contratou a consultoria […] Leia mais

PL

Primeiro Lugar

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 18h08.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h10.

COUTINHO, DO BNDES: créditos podres à venda

A expansão desenfreada do crédito dos bancos públicos nos últimos anos resultou, como se sabe, no aumento de inadimplência. Ficar com esses créditos podres no balanço é mau negócio, já que o dinheiro nunca será recuperado. Para limpar a casa e tentar reverter ao menos parte do prejuízo, BNDES e Banco do Brasil (BB) vão oferecer esses créditos a investidores especializados. Assessorado pela consultoria PwC, o BNDES de Luciano Coutinho separou 6 bilhões de reais para vender ainda no primeiro semestre, naquela que será sua primeira operação desse tipo. O BB contratou a consultoria RCB e vai desovar 5 bilhões de reais neste ano. A entrada dos bancos públicos vai quase duplicar o mercado de créditos podres no Brasil, que gira cerca de 16 bilhões de reais por ano. Procurados, o BNDES confirma a análise, mas diz que ainda não decidiu se vai fazer leilão dos créditos, e o BB não comenta.

 

Atualização feita no dia 21 de janeiro de 2015, às 16h40: 

“O BNDES esclarece que a análise de créditos judiciais e uma possível venda a investidores não está relacionada com aumento de inadimplência. A taxa de inadimplência do banco é historicamente muito baixa. Em setembro de 2014, último dado disponível, era de 0,07%, a menor do sistema financeiro nacional.”