Bitcoin: regulamentar ou não, eis a questão
Para a fintech Atlas Project, privacidade de investidor de moedas virtuais tem que ser garantida
Publicado em 12 de janeiro de 2018 às, 16h27.
Última atualização em 12 de janeiro de 2018 às, 17h55.
A possível regulamentação de moedas virtuais no Brasil está dividindo opiniões. A fintech especializada em arbitragem de bitcoin Atlas Project se posicionou contra a regulamentação da moeda no país, por projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. Para a empresa, o segmento de criptomoedas cresceu por anos de maneira saudável, sem a necessidade de regulamentação. A Atlas também se diz contrária à atitude de corretoras — plataformas onde é possível comprar e vender criptomoedas — de fazer lobby junto ao Congresso para negociar o modelo de regulamentação de moeda virtual, inclusive fornecendo dados pessoais e a privacidade de usuários. Em nota, o presidente da Atlas, Rodrigo Marques, afirmou que “irá lutar com todas as suas forças e meios para proteger e garantir a liberdade e privacidade das pessoas que usam criptomoedas.”
Nesta sexta-feira, a Comissão de Valores Mobiliários determinou que criptomoedas não podem ser classificadas como ativos financeiros e por isso não permitirá a negociação de bitcoins por fundos de investimento regulados. Em reportagem, a Folha de S. Paulo afirmou que as corretoras Mercado Bitcoin, Foxbit e Braziliex estão atuando junto a legisladores para aprovação de uma regulamentação favorável.