A companhia aérea Azul, do americano David Neeleman, está prestes a ganhar um belo apoio do governo. Caso o projeto de apoio à aviação regional — lançado pelo governo em julho e em tramitação no Congresso — seja aprovado, a empresa receberá entre 130 e 200 milhões de reais por ano em subsídios. Isso sem lançar uma só rota nova. O governo se propõe a subsidiar até metade dos assentos em rotas regionais, novas ou existentes, com limite de 60 lugares por avião. A Azul tem 253 rotas consideradas regionais (que não atendem voos entre capitais). Outras empresas estão menos entusiasmadas. A Gol receberia subsídios de 55 milhões a 70 milhões de reais, seguida pela TAM (40 milhões de reais) e Avianca (15 milhões a 16 milhões de reais). As contas foram feitas por especialistas do setor a pedido de EXAME. O subsídio será um impulso para a Azul, que prepara sua abertura de capital e está prestes a anunciar a compra de jatos da Airbus. Procuradas, as empresas não comentaram.

(Com Ana Luiza Leal)