Primeiro Lugar
Publicado em 9 de outubro de 2014 às 09h30.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h17.
A companhia de telefonia TIM, subsidiária da Telecom Italia no Brasil, avisou o Bradesco, banco contratado para avaliar a aquisição da concorrente Oi, que não quer comprar toda a empresa. Os italianos querem evitar o risco de ter de assumir passivos trabalhistas, multas regulatórias e negócios com baixa rentabilidade. Atualmente, interessam à TIM as operações de banda larga e TV por assinatura da Oi, justamente o que a empresa buscava quando tentou comprar outra concorrente, a GVT (que foi vendida para a Telefônica em setembro). A empresa também deve avaliar a operação de telefonia celular da Oi, que tem 47 milhões de clientes. Os italianos informaram ao Bradesco que a operação de telefonia fixa que a Oi tem em 23 estados não está nos planos de aquisição por ter baixa rentabilidade. A estratégia da TIM tem simpatizantes na ponta vendedora. O banco BTG Pactual, um dos maiores acionistas da Oi, informou recentemente a investidores que os negócios da empresa têm mais valor separados do que com a estrutura atual — a Oi vale cerca de 15 bilhões de reais na bolsa. Procurados, Oi, Telecom Italia e BTG Pactual não deram entrevista.