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A Cemig tenta tudo para reduzir seu endividamento

Em dezembro, a Cemig terá de pagar 4 bilhões de reais (sua dívida total é de quase 15 bilhões de reais).

Se nenhuma venda andar, os credores da Cemig temem que a empresa faça uma renegociação coordenada de sua dívida (Cemig/Divulgação)
Se nenhuma venda andar, os credores da Cemig temem que a empresa faça uma renegociação coordenada de sua dívida (Cemig/Divulgação)
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Primeiro Lugar

Publicado em 2 de novembro de 2017 às, 06h00.

Última atualização em 5 de novembro de 2017 às, 20h51.

São Paulo - A empresa de energia elétrica Cemig retomou o plano de captar 1  bilhão de dólares emitindo títulos de dívida no exterior. Para isso, está sondando possíveis interessados. A ideia era que um grupo fechado de investidores, liderados pela gestora americana Alliance Bernstein, garantisse os recursos. Mas, até agora, o capital prometido por esses investidores não passa de 400 milhões de dólares. Além disso, a Cemig tenta captar 1 bilhão de reais com a emissão de ações. As duas operações são as novas tentativas da empresa de reduzir seu endividamento — em dezembro, a Cemig terá de pagar 4 bilhões de reais (sua dívida total é de quase 15 bilhões de reais).

As outras opções estão mais enroladas. A venda de participação na fluminense Light tem esbarrado na alta inadimplência dos clientes — por isso, os interessados querem um desconto no preço, o que poderia fazer o Tribunal de Contas da União questionar o valor da venda. A venda de participação na transmissora Taesa está travada. A Cemig deu ações da Taesa em garantia a um grupo de investidores da Light — ou a Cemig paga os investidores, ou eles não liberam as ações. Se nenhuma venda andar, os credores da Cemig temem que a empresa faça uma renegociação coordenada de sua dívida. A Cemig não comenta.