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A Braskem segue à espera do próximo pretendente

A Odebrecht continua procurando interessados em comprar sua fatia na petroquímica após o fracasso das negociações com a LyondellBasell

Braskem: a parte da Odebrecht na empresa continua à venda (Mirian Fichtner/Exame)
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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2019 às 05h47.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 16h34.

O encerramento das negociações da Odebrecht para vender sua participação de 50,1% na petroquímica Braskem à holandesa LyondellBasell, anunciado no início de junho, pegou de surpresa o mercado, mas é encarado na empreiteira como apenas um contratempo.

Após um ano de estudo, as prioridades das duas empresas do setor químico mudaram e o momento deixou de ser propício para um acordo, segundo pessoas que participaram das conversas. De um lado, o Brasil não saiu do buraco; de outro, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China derrubou o valor de petroquímicas mundo afora.

Agora, a LyondellBasell vai usar o dinheiro que tem em caixa para recomprar suas próprias ações, que caíram 30% em 12 meses. Já a Braskem vai embelezar a noiva para um novo pretendente. A empresa precisa resolver o que fazer com as operações em Maceió, paralisadas após duas de suas fábricas serem apontadas como causadoras de rachaduras em casas de alguns bairros da cidade. A Odebrecht continua precisando dos 20 bilhões de reais que esperava obter com a transação.

Bancos credores da holding estão preocupados com a possibilidade cada vez mais forte de a Odebrecht pedir recuperação judicial para organizar a dívida de 98 bilhões de reais. Além de tentar manter viva a relação com a LyondellBasell, a holding procura outros interessados na Braskem, como EXAME apurou. Pelo menos a Petrobras, dona de 47% na petroquímica, decidiu que também quer vender sua parte. A Braskem continua no altar.

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O encerramento das negociações da Odebrecht para vender sua participação de 50,1% na petroquímica Braskem à holandesa LyondellBasell, anunciado no início de junho, pegou de surpresa o mercado, mas é encarado na empreiteira como apenas um contratempo.

Após um ano de estudo, as prioridades das duas empresas do setor químico mudaram e o momento deixou de ser propício para um acordo, segundo pessoas que participaram das conversas. De um lado, o Brasil não saiu do buraco; de outro, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China derrubou o valor de petroquímicas mundo afora.

Agora, a LyondellBasell vai usar o dinheiro que tem em caixa para recomprar suas próprias ações, que caíram 30% em 12 meses. Já a Braskem vai embelezar a noiva para um novo pretendente. A empresa precisa resolver o que fazer com as operações em Maceió, paralisadas após duas de suas fábricas serem apontadas como causadoras de rachaduras em casas de alguns bairros da cidade. A Odebrecht continua precisando dos 20 bilhões de reais que esperava obter com a transação.

Bancos credores da holding estão preocupados com a possibilidade cada vez mais forte de a Odebrecht pedir recuperação judicial para organizar a dívida de 98 bilhões de reais. Além de tentar manter viva a relação com a LyondellBasell, a holding procura outros interessados na Braskem, como EXAME apurou. Pelo menos a Petrobras, dona de 47% na petroquímica, decidiu que também quer vender sua parte. A Braskem continua no altar.

Acompanhe tudo sobre:BraskemNovonor (ex-Odebrecht)Química e petroquímica

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