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Quão saudável é o crescimento recente?

Crescimento econômico dos Estados Unidos não parece “saudável”

ESTADOS UNIDOS: mesmo com crescimento econômico, país deve se preocupar com a forma como cresce / Denis Balibouse | Reuters
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 11h33.

Eu não tenho prestado muita atenção aos números do nosso produto interno bruto trimestral ultimamente. Por um lado, eles tendem a ser dispersos demais; por outro, qualquer declaração de que um bom número em um trimestre particular de algum modo valida a afirmação trumpiana de sermos capazes de obter um crescimento elevado durante uma década são quase estúpidos demais para se discutir.

Mas há alguns pontos que eu creio que sejam válidos se fazer a respeito do crescimento ao longo do ano passado.

Primeiro, como notou o economista de Harvard Jason Furman, uma boa parte do crescimento de 2,5% do PIB do país em 2017 parece cíclica; um resultado da economia se aproximando do emprego pleno, e não uma aceleração da taxa de crescimento estrutural do potencial produtivo, que se parece mais com 1% do que com os 3% de que o governo Trump precisa para fazer os números funcionarem.

Segundo, como o Sr. Furman também notou, esta expansão cíclica não parece tão saudável quando você a olha de perto. Ela não está sendo conduzida principalmente pelos investimentos crescentes das empresas. O investimento empresarial como parte do PIB tem oscilado, em grande parte por causa da ascensão, queda e retomada parcial da indústria do “fracking”, mas não está particularmente alto.

O que nós estamos vendo, em vez disso, é um declínio amplo nas poupanças, que estão reduzidas a níveis nunca vistos desde antes da crise financeira (confira o gráfico).

Por que as poupanças estão baixas? Talvez seja o mercado de ações, que está começando a passar mais a sensação de ser uma bolha do que parecia há alguns meses. Talvez o raciocínio seja: “Comam, bebam e sejam felizes, já que amanhã a (crise constitucional/guerra nuclear/Skynet) vai nos matar.” Qualquer que seja a razão, economizar não evita quedas, e você precisa se perguntar se os lares estão ficando sobrecarregados de novo.

Eu não estou prevendo uma crise; a situação atual não parece nem de longe tão ruim quanto a economia dos EUA estava nos anos da bolha habitacional. (E eu estou me esforçando além da conta, dado meu surto na noite da eleição, para não deixar meu desgosto político distorcer meu juízo econômico.) Mas é como eu disse, este crescimento não parece muito saudável.

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Eu não tenho prestado muita atenção aos números do nosso produto interno bruto trimestral ultimamente. Por um lado, eles tendem a ser dispersos demais; por outro, qualquer declaração de que um bom número em um trimestre particular de algum modo valida a afirmação trumpiana de sermos capazes de obter um crescimento elevado durante uma década são quase estúpidos demais para se discutir.

Mas há alguns pontos que eu creio que sejam válidos se fazer a respeito do crescimento ao longo do ano passado.

Primeiro, como notou o economista de Harvard Jason Furman, uma boa parte do crescimento de 2,5% do PIB do país em 2017 parece cíclica; um resultado da economia se aproximando do emprego pleno, e não uma aceleração da taxa de crescimento estrutural do potencial produtivo, que se parece mais com 1% do que com os 3% de que o governo Trump precisa para fazer os números funcionarem.

Segundo, como o Sr. Furman também notou, esta expansão cíclica não parece tão saudável quando você a olha de perto. Ela não está sendo conduzida principalmente pelos investimentos crescentes das empresas. O investimento empresarial como parte do PIB tem oscilado, em grande parte por causa da ascensão, queda e retomada parcial da indústria do “fracking”, mas não está particularmente alto.

O que nós estamos vendo, em vez disso, é um declínio amplo nas poupanças, que estão reduzidas a níveis nunca vistos desde antes da crise financeira (confira o gráfico).

Por que as poupanças estão baixas? Talvez seja o mercado de ações, que está começando a passar mais a sensação de ser uma bolha do que parecia há alguns meses. Talvez o raciocínio seja: “Comam, bebam e sejam felizes, já que amanhã a (crise constitucional/guerra nuclear/Skynet) vai nos matar.” Qualquer que seja a razão, economizar não evita quedas, e você precisa se perguntar se os lares estão ficando sobrecarregados de novo.

Eu não estou prevendo uma crise; a situação atual não parece nem de longe tão ruim quanto a economia dos EUA estava nos anos da bolha habitacional. (E eu estou me esforçando além da conta, dado meu surto na noite da eleição, para não deixar meu desgosto político distorcer meu juízo econômico.) Mas é como eu disse, este crescimento não parece muito saudável.

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