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Idosos conectados

Os idosos brasileiros estão cada vez mais conectados e antenados com as novas tecnologias. Nos últimos oito anos, o número de brasileiros com mais de 60 anos que passaram a se conectar cresceu 940%, somando 5,2 milhões de pessoas em 2016. Esses brasileiros têm uma renda anual de 330 bilhões de reais por ano. O […]

Ser Ageless é trocar as paralisantes “dores” de ser espectador pelas estimulantes oportunidades de atuar como “aprendedor” (Bill Hinton/Getty Images)
Ser Ageless é trocar as paralisantes “dores” de ser espectador pelas estimulantes oportunidades de atuar como “aprendedor” (Bill Hinton/Getty Images)
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Opinião

Publicado em 17 de agosto de 2016 às, 12h05.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às, 18h14.

Os idosos brasileiros estão cada vez mais conectados e antenados com as novas tecnologias. Nos últimos oito anos, o número de brasileiros com mais de 60 anos que passaram a se conectar cresceu 940%, somando 5,2 milhões de pessoas em 2016. Esses brasileiros têm uma renda anual de 330 bilhões de reais por ano. O consumo de bens tecnológicos passa a ser cada vez mais influenciado pela rede mundial de computadores. Além de usarem a internet como fonte de informações, os idosos fazem compras online, pagam contas, acessam as redes sociais, mantêm contatos ativos e compartilham novas experiências no ambiente virtual. Mais conectados com o mundo, os idosos ficam mais otimistas e se sentem mais presentes na sociedade em que vivem.

O estudo também identificou onde estão concentradas as pessoas com mais de 60 anos que usam frequentemente a internet. A região Sudeste reúne o maior percentual de idosos conectados: 60%. Em seguida está o Sul (18%) e logo na sequência vem o Nordeste (13%), o Centro-Oeste (6%) e o Norte (3%). A maioria absoluta dos internautas com mais de 60 anos pertence às classes A/B (76%), seguida pela classe C (23%) e classes D/E (1%). Com alto nível de escolaridade, essa parcela da população possui ensino superior (39%) ou médio (33%), e 28% cursaram até o ensino fundamental. Na prática os números mostram que a democratização do acesso que encontramos entre os mais jovens, com a penetração da internet sendo praticamente igual entre as classes C e A, não ocorre entre os mais velhos.

A pesquisa mostra que para nove em cada dez idosos internautas, o microcomputador é o principal device de acesso à rede, mas 44% já utilizam o smartphone e 17% gostam da praticidade do tablet. Pensando nesse cenário promissor, as empresas de tecnologia precisam ficar de olho no potencial desse público, que consome muito bem e está invadindo a internet. As empresas que souberem atender às demandas dos internautas mais velhos, que estão cada vez mais independentes, e proporcionarem novas oportunidades de consumo terão pela frente um público consumidor mais fiel e influente.

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