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Tolerando a intolerância

Durante esses quase 2 anos que estamos viajando pouco a pouco passamos a ser mais tolerantes, na verdade acho que isso aconteceu...

(Eddie Kopp/Site Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 13h12.

Última atualização em 18 de novembro de 2017 às 19h41.

Durante esses quase 2 anos que estamos viajando pouco a pouco passamos a ser mais tolerantes, na verdade acho que isso aconteceu de uma maneira bastante natural pois estivemos a cada dia mais e mais abertos ao que os outros tinham a nos oferecer. Sim, todos têm algo a oferecer não importa o que seja, também não importa a quantidade quando o assunto é doação. Sentimos obrigação e ao mesmo tempo podemos dizer que é um grande prazer poder agradecer todas as pessoas que nos doaram seu tempo, seus corações e toda sua honestidade para responder quais eram as suas motivações. Foi no meio da rua, numa estação de ônibus, dentro de uma empresa, na fila do caixa, em um evento, que elas deixaram de fazer algo pra falar com agente. Seres humanos pararam o que estavam fazendo pra nos dar atenção, não é incrível? E isso para nós é motivo de celebração e gratidão, ainda mais nos dias de hoje. Sem o tempo a nós doado pelas pessoas com quem conversamos, o nosso projeto não teria acontecido, não teríamos obtido as respostas do mundo, assim teríamos sido meros observadores. Não que haja demérito em observar, pois isso é algo inevitável quando nossos 5 sentidos estão abertos para aprender com a vida, quando estamos receptivos e expostos a essa grande aventura, ouvir foi definitivamente uma grande experiência.

Nossa missão acima de tudo é inspirar, trazer à tona a reflexão do que estamos fazendo aqui. Essa pergunta não tem resposta fácil ou simples, mas é um belíssimo desafio que se lança.

A tolerância é algo que aprendemos a prestar mais atenção e dar mais valor, não costumamos ser muito tolerantes no dia a dia, a paciência se esvai num segundo quando nos deparamos com alguma situação que nos aborrece. Mas a vida nos mostra que não sabemos tudo, o que um sabe o outro pode não saber. E existe uma pequena história que ilustra bem essa questão: “havia um advogado que precisava atravessar um rio, pra isso ele se dirigiu até o barqueiro que era um senhorzinho muito humilde e pediu para levá-lo. Durante a travessia o advogado falou sobre de seus anos de estudo e dedicação ao direito, colocando-se num nível superior ao do senhor e no meio de seus devaneios "egóicos" perguntou a ele se havia estudado, obviamente o senhor respondeu que não e continuou a remar, mas no meio da travessia o tempo começou a mudar, fortes ventos batiam e a pequenina embarcação se jogava de um lado para o outro. Quando o senhor ao perceber o enorme desespero do advogado perguntou se ele sabia nadar e entre tremeliques de medo ele respondeu que não. O senhor, mesmo sem anos de estudo sabia algo que o advogado não sabia, que era nadar”. Aqui termina a história que nem precisa de muita explicação, só confirma que por mais que saibamos muito nunca saberemos algo que outros sabem.

Essa é a magia da vida, a magia da tolerância para que possamos aprender, pois tolerar é sinônimo de suportar, define a capacidade de uma pessoa em aceitar outra com uma atitude diferente do que ela considera como norma.

Tolerar é ignorar preconceitos porque sabemos que no fundo eles não levam a nada. Tivemos que ser tolerantes com outras culturas, outras comidas, outras climas, outros hábitos. Não digo que devemos tolerar tudo pois quando o plano da ética é tocado, quando os direitos humanos são violados, quando limites são ultrapassados, aí não podemos tolerar.

Hoje em dia a nossa tolerância anda em baixa, afetada pelo nosso stress, pela falta de tempo ou até mesmo pela nossa ignorância, o que nos fecha muitas portas e diminui possibilidades, mas ela precisa de um resgate, precisa alcançar o seu equilíbrio pois só temos a ganhar com isso.

E então, como anda seu nível de tolerância?

Por Danilo España

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Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.

Durante esses quase 2 anos que estamos viajando pouco a pouco passamos a ser mais tolerantes, na verdade acho que isso aconteceu de uma maneira bastante natural pois estivemos a cada dia mais e mais abertos ao que os outros tinham a nos oferecer. Sim, todos têm algo a oferecer não importa o que seja, também não importa a quantidade quando o assunto é doação. Sentimos obrigação e ao mesmo tempo podemos dizer que é um grande prazer poder agradecer todas as pessoas que nos doaram seu tempo, seus corações e toda sua honestidade para responder quais eram as suas motivações. Foi no meio da rua, numa estação de ônibus, dentro de uma empresa, na fila do caixa, em um evento, que elas deixaram de fazer algo pra falar com agente. Seres humanos pararam o que estavam fazendo pra nos dar atenção, não é incrível? E isso para nós é motivo de celebração e gratidão, ainda mais nos dias de hoje. Sem o tempo a nós doado pelas pessoas com quem conversamos, o nosso projeto não teria acontecido, não teríamos obtido as respostas do mundo, assim teríamos sido meros observadores. Não que haja demérito em observar, pois isso é algo inevitável quando nossos 5 sentidos estão abertos para aprender com a vida, quando estamos receptivos e expostos a essa grande aventura, ouvir foi definitivamente uma grande experiência.

Nossa missão acima de tudo é inspirar, trazer à tona a reflexão do que estamos fazendo aqui. Essa pergunta não tem resposta fácil ou simples, mas é um belíssimo desafio que se lança.

A tolerância é algo que aprendemos a prestar mais atenção e dar mais valor, não costumamos ser muito tolerantes no dia a dia, a paciência se esvai num segundo quando nos deparamos com alguma situação que nos aborrece. Mas a vida nos mostra que não sabemos tudo, o que um sabe o outro pode não saber. E existe uma pequena história que ilustra bem essa questão: “havia um advogado que precisava atravessar um rio, pra isso ele se dirigiu até o barqueiro que era um senhorzinho muito humilde e pediu para levá-lo. Durante a travessia o advogado falou sobre de seus anos de estudo e dedicação ao direito, colocando-se num nível superior ao do senhor e no meio de seus devaneios "egóicos" perguntou a ele se havia estudado, obviamente o senhor respondeu que não e continuou a remar, mas no meio da travessia o tempo começou a mudar, fortes ventos batiam e a pequenina embarcação se jogava de um lado para o outro. Quando o senhor ao perceber o enorme desespero do advogado perguntou se ele sabia nadar e entre tremeliques de medo ele respondeu que não. O senhor, mesmo sem anos de estudo sabia algo que o advogado não sabia, que era nadar”. Aqui termina a história que nem precisa de muita explicação, só confirma que por mais que saibamos muito nunca saberemos algo que outros sabem.

Essa é a magia da vida, a magia da tolerância para que possamos aprender, pois tolerar é sinônimo de suportar, define a capacidade de uma pessoa em aceitar outra com uma atitude diferente do que ela considera como norma.

Tolerar é ignorar preconceitos porque sabemos que no fundo eles não levam a nada. Tivemos que ser tolerantes com outras culturas, outras comidas, outras climas, outros hábitos. Não digo que devemos tolerar tudo pois quando o plano da ética é tocado, quando os direitos humanos são violados, quando limites são ultrapassados, aí não podemos tolerar.

Hoje em dia a nossa tolerância anda em baixa, afetada pelo nosso stress, pela falta de tempo ou até mesmo pela nossa ignorância, o que nos fecha muitas portas e diminui possibilidades, mas ela precisa de um resgate, precisa alcançar o seu equilíbrio pois só temos a ganhar com isso.

E então, como anda seu nível de tolerância?

Por Danilo España

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Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.

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