In Vitro de Pai para Filha
Orquídeas, um negócio-paixão de família.
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2011 às 18h46.
Última atualização em 6 de setembro de 2017 às 17h26.
Quanto mais andamos e colecionamos histórias por esse mundo afora mais nos impressionamos com os múltiplos caminhos que essa vida pode nos oferecer e o quanto pequenas escolhas podem virar grandes negócios. Muitas vezes a prosperidade sopra ao pé do nosso ouvido, seguí-la é uma opção.
O Policial Sargento Major Somphu Nuchkrue cuidava da fronteira entre Tailândia e Vietnam há muitos e muitos anos atrás, acabou descobrindo na natureza ao seu redor uma grande paixão: as orquídeas. Durante seu trabalho, sempre que se deparava com uma espécime rara parava para estudá-la. Esse foi o ponto de partida para o Major que virou colecionador, coletando espécies selvagens dessa flor ornamental. Aproveitava seus dias livres e férias para se dedicar ao estudo dessas plantas, que ao contrário do que muitos imaginam, não são parasitas, alimentam-se apenas do material em decomposição das árvores onde crescem.
Em 1968 aposentou-se e ingressou no curso “Fundamental Orchid Culture” que acabara de abrir no Departamento de Agricultura na Universidade de Chiang Mai (região norte da Tailândia), aproveitou a oportunidade para aperfeiçoar seu conhecimento nas técnicas de cultivo, uso de fertilizantes, e fertilização in vitro. Ao término do curso passou a cultivar as flores em sua própria casa aproveitando sementes de orquídeas raras compradas de algumas tribos e também as mudas coletadas no habitat selvagem.
Em 1970 abre as portas ao público do “Sainamphung Orchid Farm”, hoje a maior fazenda de orquídeas do Norte da Tailândia, sua produção e muitas de suas flores já foram premiadas e estiveram presentes em inúmeras matérias. São mais de 40 anos de estudo, trabalho e desenvolvimento de espécies comuns, raras e híbridas. O negócio passou de pai para filha que hoje administra com o marido os negócios da família. O casal ampliou a fazenda e continuou concretizando os sonhos de Somphu que faleceu aos 77 anos, seguindo as diretrizes para o crescimento da fazenda assim como o patriarca sonhara. Um de seus sonhos foi a criação de um espaço que pudesse simular a natureza selvagem onde nascem muitas das orquídeas, e seu sonho virou uma mata farta e aprazível onde nós leigos no assunto pudemos entender melhor sobre essa flor exótica que gosta do calor e das alturas … Suas raízes nunca tocam o chão …
Fomos guiados em toda a visita por Yody, neto do ex Major que contou cada detalhe do local com um orgulho latente, apontando seguir os passos do avô e dos pais. Também um sonhador, quer dar seguimento as negócios de família consolidando cada vez mais a produção da fazenda. Se Yody seguir com seus planos essa será a terceira geração que dá continuidade e se beneficia do sonho de um ex policial de fronteira. Somphu passou a maior parte da sua vida guardando e zelando pelas fronteiras de seu país e teve a sensibilidade e sabedoria para no momento certo, abrir outra fronteira … a de sua própria vida.
Acho que nenhum de seus descendentes imaginaria o que seguir uma paixão poderia fazer, hoje o próspero legado de Somphu está aí, traduzido em forma de flores e infinitas cores.
Por Luah Galvão
Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.
Quanto mais andamos e colecionamos histórias por esse mundo afora mais nos impressionamos com os múltiplos caminhos que essa vida pode nos oferecer e o quanto pequenas escolhas podem virar grandes negócios. Muitas vezes a prosperidade sopra ao pé do nosso ouvido, seguí-la é uma opção.
O Policial Sargento Major Somphu Nuchkrue cuidava da fronteira entre Tailândia e Vietnam há muitos e muitos anos atrás, acabou descobrindo na natureza ao seu redor uma grande paixão: as orquídeas. Durante seu trabalho, sempre que se deparava com uma espécime rara parava para estudá-la. Esse foi o ponto de partida para o Major que virou colecionador, coletando espécies selvagens dessa flor ornamental. Aproveitava seus dias livres e férias para se dedicar ao estudo dessas plantas, que ao contrário do que muitos imaginam, não são parasitas, alimentam-se apenas do material em decomposição das árvores onde crescem.
Em 1968 aposentou-se e ingressou no curso “Fundamental Orchid Culture” que acabara de abrir no Departamento de Agricultura na Universidade de Chiang Mai (região norte da Tailândia), aproveitou a oportunidade para aperfeiçoar seu conhecimento nas técnicas de cultivo, uso de fertilizantes, e fertilização in vitro. Ao término do curso passou a cultivar as flores em sua própria casa aproveitando sementes de orquídeas raras compradas de algumas tribos e também as mudas coletadas no habitat selvagem.
Em 1970 abre as portas ao público do “Sainamphung Orchid Farm”, hoje a maior fazenda de orquídeas do Norte da Tailândia, sua produção e muitas de suas flores já foram premiadas e estiveram presentes em inúmeras matérias. São mais de 40 anos de estudo, trabalho e desenvolvimento de espécies comuns, raras e híbridas. O negócio passou de pai para filha que hoje administra com o marido os negócios da família. O casal ampliou a fazenda e continuou concretizando os sonhos de Somphu que faleceu aos 77 anos, seguindo as diretrizes para o crescimento da fazenda assim como o patriarca sonhara. Um de seus sonhos foi a criação de um espaço que pudesse simular a natureza selvagem onde nascem muitas das orquídeas, e seu sonho virou uma mata farta e aprazível onde nós leigos no assunto pudemos entender melhor sobre essa flor exótica que gosta do calor e das alturas … Suas raízes nunca tocam o chão …
Fomos guiados em toda a visita por Yody, neto do ex Major que contou cada detalhe do local com um orgulho latente, apontando seguir os passos do avô e dos pais. Também um sonhador, quer dar seguimento as negócios de família consolidando cada vez mais a produção da fazenda. Se Yody seguir com seus planos essa será a terceira geração que dá continuidade e se beneficia do sonho de um ex policial de fronteira. Somphu passou a maior parte da sua vida guardando e zelando pelas fronteiras de seu país e teve a sensibilidade e sabedoria para no momento certo, abrir outra fronteira … a de sua própria vida.
Acho que nenhum de seus descendentes imaginaria o que seguir uma paixão poderia fazer, hoje o próspero legado de Somphu está aí, traduzido em forma de flores e infinitas cores.
Por Luah Galvão
Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.