DREAM THEATER no Brasil | An evening with Dream Theater
Em 1985, Mike Portnoy, John Myung e John Petrucci se conheceram na Berklee College of Music (Boston). Juntos fundaram a banda de metal progressivo DREAM THEATER, que se tornou referência por sua qualidade musical – com 12 álbuns lançados e mais de 12 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo. Eles estão em turnê no Brasil com o show: “An Evening with Dream Theater“. Tive a oportunidade de assisti-los aqui […] Leia mais
Publicado em 6 de outubro de 2014 às, 19h47.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h18.
Em 1985, Mike Portnoy, John Myung e John Petrucci se conheceram na Berklee College of Music (Boston). Juntos fundaram a banda de metal progressivo DREAM THEATER, que se tornou referência por sua qualidade musical – com 12 álbuns lançados e mais de 12 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo. Eles estão em turnê no Brasil com o show: “An Evening with Dream Theater“. Tive a oportunidade de assisti-los aqui em SP no sábado (4/10), no Espaço das Américas e a experiência me convidou a algumas reflexões interessantes sobre as similaridades existentes entre uma Banda (seja de pop/rock/metal/country…) e uma empresa da Fortune 500. Ambas têm preocupações muito semelhantes (com produto, preço, promoção, segmentação, funcionários, satisfação do cliente, fluxo de caixa e por ai vai).
Podemos enxergar uma banda como um “negócio” (empreendimento). Esse exercício nos permite fazer análises e comparações bastante elucidativas. Por exemplo: é sabido que hoje em dia as marcas / departamentos de marketing buscam transformar “clientes em fãs”, ou seja, seria bastante proveitoso se pudessem aprender um pouquinho com o Dream Theater – uma banda que se mantém no mercado fazendo sucesso há quase 30 anos.
O segredo do sucesso
Cada dia que passa estou mais convencida de que criatividade, inovação e dedicação são a trilha (certeira) para o sucesso. Agora, repare como são traços marcantes na trajetória da banda:
. Dedicação: Todos os integrantes da banda são virtuosos (virtuoso – músico hábil e com grande conhecimento técnico).
. Inovação: Em 2006, o Dream Theater fez um show histórico no Radio City Music Hall (Nova York), em comemoração aos 20 anos de banda. Como de costume, surpreenderam a todos quando uma orquestra surgiu no palco, tocando todo segundo set da noite. Desde então, de vez em quando a banda toca acompanhada por orquestras. O resultado é esse aqui: http://goo.gl/dJ8GTR.
. Criatividade: durante o show, Jordan Rudess (tecladista), tocou com um iPad na sua keytar (mistura de guitarra e teclado) sem sequer olhar para as teclas.
A banda – que se mantém em constante evolução – provou que o sucesso não acontece por acaso.
Desafios
Em setembro de 2010 (quando a banda já estava consolidada e consagrada pelos fãs – com 25 anos de estrada) Mike Portnoy decidiu deixá-los para se dedicar a outros projetos. A banda teve que encarar dois desafios: 1. encontrar um novo baterista 2. neutralizar o impacto da saída de Portnoy perante os fãs da banda. Essa situação é comparável, por exemplo, ao momento que viveu o Santos, quando o craque Neymar Jr foi jogar no Barcelona. Ou ao grande desafio que a Apple enfrenta desde o falecimento do (gênio) Steve Jobs, seu fundador.
Dizem que é nas dificuldades que surgem as melhores oportunidades … e assim foi! Depois de um meticuloso processo de seleção (documentado na série “The Spirit Carries On“), em abril de 2011, Mike Mangini – que é considerado um dos melhores do mundo, sua notável velocidade nas baquetas lhe garantiu o recorde mundial de batidas em “single stroke, tanto no “matched grip” quanto no “traditional grip”, chegando à incrível marca de 1247 batidas/minutos – assumiu oficialmente o posto de baterista da banda. Dá uma olhada na bateria do Mangini (foto tirada durante o show em SP).
Sobre o show
A casa estava cheia e o show começou pontualmente às 21h. Os músicos são extremamente carismáticos e – mesmo sendo apontados como os melhores do mundo – muito low profile, demonstraram ter um grande respeito e consideração pelos fãs. A platéia (incansável) vibrou durante todo o show, cantando em coro e aplaudindo com força em total sintonia.
Foram aproximadamente 3 horas de show (que eu, particularmente, nem vi passar) que agradou desde crianças até a galera mais old school. A cada música ficava evidenciada a destreza de todos os integrantes. Bati um papo com a platéia na saída e estavam todos muito satisfeitos.
Em resumo, foi um show de qualidade musical ímpar, um verdadeiro espetáculo para quem gosta de boa música. RECOMENDO!
Setlist do show:
False Awakening Suite
The Enemy Inside
Shattered Fortress
In The Back of Angels
Looking Glass
Solo de John Petrucci, com harmônicos, palco colorido e velocidade
Trial of Tears
Enigma Machine, com animação dos integrantes em cartoon
Solo de Mike Mangini
Volta de Enigma Machine
Along for the Ride
Breaking All Illusions
(Pausa de 15 minutos)
The Mirror
Lie
Lifting Shadows of a Dream
Scarred
Space-Dye Vest
Illumination Theory
Bis:
Overture 1928
Strange Déjà Vu
The Dance of Eternity
Finally Free
Programação de shows no Brasil:
30/09 – Porto Alegre/RS – Pepsi on Stage
02/10 – Curitiba/PR – Master Hall
04/10 – São Paulo/SP – Espaço das Américas
05/10 – Rio de Janeiro/RJ – Vivo Rio
07/10 – Brasilia/DF – Net Live Brasilia
10/10 – Recife/PE – Chevrolet Hall
11/10 – Fortaleza/CE – Centro de Eventos do Ceará
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Cláudia Augelli
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