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A arte de se relacionar

Confira a nova coluna de Martha Leonardis na EXAME, um espaço de troca de experiências e aprendizados para que todos conheçam a arte de se relacionar

Martha Leonardis | A Arte de se Relacionar (Reprodução/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2022 às 13h37.

Nesta semana, na última edição do World Economic Forum em Davos, na Suíça, líderes do mundo inteiro se encontraram para discutir o tema: “A história em transformação: políticas governamentais e estratégias de negócios”. Entendendo o cenário político de eleições em que o Brasil se encontra, a discussão não poderia ter sido mais relevante e atual. Todavia, falar do World Economic Forum é falar de Klaus Schwab, fundador desse encontro que reúne mais de 2.000 líderes anualmente. O engenheiro e economista alemão fundou em 1971 o European Symposium of Management, que, posteriormente, em 1987, se tornaria o World Economic Forum.

Venho ao fórum há 6 anos, e estar aqui é sempre o epicentro do networking. Todos estão reunidos com o mesmo propósito de conectar, trocar informações, ampliar os horizontes e descobrir novas perspectivas; o melhor é que tudo isso se reflete desde o momento da organização e construção do evento. O WEF (World Economic Forum) é dividido por categorias e disponibiliza acessos exclusivos para que os principais e mais influentes líderes possam se encontrar em ambientes menores, enquanto, paralelamente, outros eventos promovidos pelas empresas presentes acontecem, garantindo as trocas de conexões de todas as partes.

O último encontro presencial foi em 2020, em tempos pré-pandêmicos. Com isso, este ano, nos reunimos excepcionalmente em maio, e as temperaturas mais amenas me agradaram muito mais! Até agora, já esbarrei pelos corredores com Larry Fink, cofundador da Blackrock, empresa que tem mais de US$ 8 trilhões sob gestão, e, em outro momento, escorreguei na neve e dei de cara com Matt Damon, ator e diretor de Hollywood, além de ativista de causas ambientais. Al Gore é figura carimbada presente em todos os debates e, como sempre, bem ativo nos temas de preservação do meio ambiente.Outro acontecimento inusitado de andar pelas ruas de Davos foi um encontro casual com Christine Lagarde, presidente do banco central europeu, comprando um chocolate suíço no supermercado. Ou, então, uma breve conversa com Martin Sorrell, uma das maiores lendas do mercado publicitário, a caminho de uma palestra. Sem contar o papo com o cômico e irreverente David Rubenstein, fundador do private equity Carlyle Group.

Apesar das boas conversas e dos ótimos encontros, o clima deste ano não era tão leve. As mensagens foram transmitidas em tom de cautela, afinal, o inverno será longo e rigoroso. De todas as discussões no evento, a frase que mais me marcou foi “ just in time became just in case”, o que quer dizer que a eficiência da distribuição da cadeia de suprimentos está ameaçada pela necessidade de segurança. Ainda que, por um lado, o cenário não seja dos mais otimistas, analisei que nosso país está sendo observado pelos investidores com certa valia – claro, não da mesma maneira de anos antes, como quando o Cristo Redentor era representadocomoum foguete na capa do The Economist, mas, com reverência,perto da decolagem. Networking vai muito além de fazer conexões. Estar em encontros dessa magnitude é aproveitar cada momento e as oportunidades de se apresentar, ouvir, conversar e trocar contatos. Afinal, são pessoas, como eu e você, que estão lá com o mesmo propósito.

Esta coluna foi criada para ser um espaço de troca de experiências e aprendizados para que todos conheçam a arte de se relacionar.

*Martha Leonardis é sócia do BTG Pactual.

Nesta semana, na última edição do World Economic Forum em Davos, na Suíça, líderes do mundo inteiro se encontraram para discutir o tema: “A história em transformação: políticas governamentais e estratégias de negócios”. Entendendo o cenário político de eleições em que o Brasil se encontra, a discussão não poderia ter sido mais relevante e atual. Todavia, falar do World Economic Forum é falar de Klaus Schwab, fundador desse encontro que reúne mais de 2.000 líderes anualmente. O engenheiro e economista alemão fundou em 1971 o European Symposium of Management, que, posteriormente, em 1987, se tornaria o World Economic Forum.

Venho ao fórum há 6 anos, e estar aqui é sempre o epicentro do networking. Todos estão reunidos com o mesmo propósito de conectar, trocar informações, ampliar os horizontes e descobrir novas perspectivas; o melhor é que tudo isso se reflete desde o momento da organização e construção do evento. O WEF (World Economic Forum) é dividido por categorias e disponibiliza acessos exclusivos para que os principais e mais influentes líderes possam se encontrar em ambientes menores, enquanto, paralelamente, outros eventos promovidos pelas empresas presentes acontecem, garantindo as trocas de conexões de todas as partes.

O último encontro presencial foi em 2020, em tempos pré-pandêmicos. Com isso, este ano, nos reunimos excepcionalmente em maio, e as temperaturas mais amenas me agradaram muito mais! Até agora, já esbarrei pelos corredores com Larry Fink, cofundador da Blackrock, empresa que tem mais de US$ 8 trilhões sob gestão, e, em outro momento, escorreguei na neve e dei de cara com Matt Damon, ator e diretor de Hollywood, além de ativista de causas ambientais. Al Gore é figura carimbada presente em todos os debates e, como sempre, bem ativo nos temas de preservação do meio ambiente.Outro acontecimento inusitado de andar pelas ruas de Davos foi um encontro casual com Christine Lagarde, presidente do banco central europeu, comprando um chocolate suíço no supermercado. Ou, então, uma breve conversa com Martin Sorrell, uma das maiores lendas do mercado publicitário, a caminho de uma palestra. Sem contar o papo com o cômico e irreverente David Rubenstein, fundador do private equity Carlyle Group.

Apesar das boas conversas e dos ótimos encontros, o clima deste ano não era tão leve. As mensagens foram transmitidas em tom de cautela, afinal, o inverno será longo e rigoroso. De todas as discussões no evento, a frase que mais me marcou foi “ just in time became just in case”, o que quer dizer que a eficiência da distribuição da cadeia de suprimentos está ameaçada pela necessidade de segurança. Ainda que, por um lado, o cenário não seja dos mais otimistas, analisei que nosso país está sendo observado pelos investidores com certa valia – claro, não da mesma maneira de anos antes, como quando o Cristo Redentor era representadocomoum foguete na capa do The Economist, mas, com reverência,perto da decolagem. Networking vai muito além de fazer conexões. Estar em encontros dessa magnitude é aproveitar cada momento e as oportunidades de se apresentar, ouvir, conversar e trocar contatos. Afinal, são pessoas, como eu e você, que estão lá com o mesmo propósito.

Esta coluna foi criada para ser um espaço de troca de experiências e aprendizados para que todos conheçam a arte de se relacionar.

*Martha Leonardis é sócia do BTG Pactual.

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