Geração X, Y e Z. O que esperar do “investidor Z”?
Como será a atuação da geração Z em futuro próximo, uma vez que ainda deve levar algum tempo para ela chegar às bolsas?
Publicado em 5 de maio de 2011 às, 13h16.
Última atualização em 14 de junho de 2018 às, 17h18.
Outro dia eu pensava a respeito de como as gerações X e Y atuavam com relação aos seus investimentos em ações. E, na sequência, imaginava como seria a atuação da geração Z em futuro próximo, uma vez que ainda deve levar algum tempo para ela chegar às bolsas.
Minha experiência, como integrante da geração X, indica que os meus pares de geração, em sua maioria, mostram uma preferência pela escola fundamentalista para entender o mercado e fazer suas análises sobre as ações e suas perspectivas. É claro que essa preferência foi condicionada pelas características da formação acadêmica que essas pessoas tiveram.
Já a geração Y, com certeza, sofreu maior influência do desenvolvimento das ciências do comportamento (neuroeconomia, finanças comportamentais etc.) na sua formação acadêmica. Prefere o enfoque comportamental e utiliza com bastante versatilidade a análise técnica como ferramenta de avaliação para o investimento em ações.
Como é sabido, toda a regra tem exceções; e há profissionais e investidores, sejam eles da geração X ou Y, que conseguem fazer a ligação entre essas duas abordagens: análise fundamentalista e técnica. Além disso, há o promissor campo da modelagem matemática na área de investimentos – que procura arbitrar pequenas ineficiências do mercado de ações -, utilizada por quem domina tanto as análises fundamentalista e técnica, assim como matemática avançada e computação.
Dessa forma, entendo que a geração Z deva ter uma formação mais abrangente que as gerações anteriores, que a possibilite utilizar com mais facilidade e eficácia um amalgama das ferramentas fundamentalista e técnica, além dos conhecimentos adquiridos ao longo da revolução da Internet; onde as análises e operações no mercado de ações (entre outros), se darão em um ambiente de “alta frequência” – por intermédio de computadores e softwares potentes – como já se iniciou no Brasil.