Existe vida após o quantitative easing & QE? parte 1
O FED, banco central dos EUA, e o BCE, banco central da zona do Euro, decidiram há poucos dias que irão se utilizar do afrouxamento monetário (QE) para tentar reverter a situação de desaceleração e fraqueza econômica existentes nos EUA e na Europa. O quantitative easing (QE) faz parte do cardápio não convencional de medidas de política monetária utilizadas por bancos centrais e consiste na compra, por essas autoridades monetárias, […] Leia mais
Publicado em 19 de setembro de 2012 às, 10h57.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h18.
O FED, banco central dos EUA, e o BCE, banco central da zona do Euro, decidiram há poucos dias que irão se utilizar do afrouxamento monetário (QE) para tentar reverter a situação de desaceleração e fraqueza econômica existentes nos EUA e na Europa.
O quantitative easing (QE) faz parte do cardápio não convencional de medidas de política monetária utilizadas por bancos centrais e consiste na compra, por essas autoridades monetárias, de títulos da dívida soberana emitidos pelos governos da zona do euro, no caso do BCE, e de títulos públicos e/ou hipotecários norte-americanos, no caso do FED.
Outros bancos centrais mantêm, atualmente, programas similares como, por exemplo, o do Reino Unido (BoE) e o do Japão (BoJ). Vale lembrar que o mecanismo do quantitative easing equivale à emissão pura e simples de moeda pelos bancos centrais, que o fazem para estimular a demanda agregada em seus países.
Tanto o FED quanto o BCE já se utilizaram desse expediente após a eclosão da crise de 2008. Entretanto, depois de várias edições do estímulo monetário, discute-se se ele ainda permanece eficaz e se os efeitos colaterais causados nos mercados compensam sua utilização.
Conforme resultados de estudos divulgados na imprensa especializada, percebeu-se que a eficácia da medida diminui a cada nova utilização que se faz dela. Na margem, os seus benefícios econômicos são cada vez menores.
Por outro lado, o aumento da moeda em circulação pode causar pressão inflacionária e formação de bolhas especulativas via aumento nos preços das commodities entre outros ativos como ações e imóveis.
Obs. Veja a continuação desse artigo “Existe vida após o quantitative easing – QE? parte 2″ em nosso próximo post.
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