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Copa no Brasil: presente de grego da FIFA

Pela mitologia grega, a guerra de Troia, realizada entre os gregos e troianos, aconteceu por volta de 1200 A.C.. A cidade-estado de Troia foi aniquilada pelos gregos nessa guerra, onde guerreiros  famosos, como Aquiles e Heitor, perderam suas vidas. Como se sabe, a história conta que o exército grego, antes de desistir do cerco à Troia, que já durava cerca de dez anos, deixou um  enorme cavalo de madeira às […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 2 de abril de 2014 às, 20h21.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h32.

Copa do Mundo

Pela mitologia grega, a guerra de Troia, realizada entre os gregos e troianos, aconteceu por volta de 1200 A.C.. A cidade-estado de Troia foi aniquilada pelos gregos nessa guerra, onde guerreiros  famosos, como Aquiles e Heitor, perderam suas vidas.

Como se sabe, a história conta que o exército grego, antes de desistir do cerco à Troia, que já durava cerca de dez anos, deixou um  enorme cavalo de madeira às portas da cidade, como suposto tributo aos troianos.

O exército de Troia, ao acreditar que os gregos haviam voltado à Grécia, trouxeram o cavalo para dentro da cidade fortificada. Esse foi seu maior erro porque o cavalo continha alguns guerreiros gregos que, ao cair da noite, abriram os portões da cidade para o seu exército, permitindo que a cidade fosse tomada pelos gregos.

De lá para cá, muitas situações se assemelharam a essa, caracterizando o que atualmente se conhece pelo nome de “presente de grego”. Nesse caso, um suposto benefício, na verdade, acaba por representar uma situação de risco, ou até mesmo um eventual malefício, para o seu pretenso beneficiário.

Caso seja traçado um paralelo com a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 pela FIFA (Federação Internacional de Futebol), tudo indica que esse fato pode se transformar em um verdadeiro “presente de grego” da FIFA para o Brasil.

É sabido que a maioria dos países escolhidos para sediar a Copa do Mundo, investem dezenas de bilhões de dólares  na infraestrutura para o evento, os quais acabam por ter um impacto positivo muito limitado e efêmero na economia desses países.

Infelizmente, parece que o Brasil vai pelo mesmo caminho que a África do Sul – sede da Copa do Mundo de 2010 – que se decepcionou com os resultados econômicos obtidos com o evento.

A julgar pelo estudo realizado pela Agência Moodys a respeito do impacto econômico da Copa do Mundo no Brasil, o ganho econômico será relativamente pequeno e de curto prazo. Além disso, muitos dos estádios de futebol construídos para o evento praticamente não terão utilidade após sua realização.

Veja em https://www.moodys.com o estudo “2014 FIFA World Cup Brazil. A Quick Score for the Beverage, Travel, Construction and Broadcast Sectors – Little impact for host cities, infrastructure operators and Brazil itself”.

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