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O Brasil ficou barato aos olhos do investidor estrangeiro. Apesar da enorme volatilidade vivida pelo câmbio, após a forte desvalorização do real nos últimos meses, o preço de ativos locais ficou ainda mais atrativo aos olhos dos estrangeiros. Infelizmente, a desvalorização do câmbio, aumento da inflação e perspectiva de recessão esperada pelo país é resultado da enorme crise política e descaminhos da economia percorridos pela errática atuação do governo em […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 23 de março de 2015 às, 16h35.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h06.

O Brasil ficou barato aos olhos do investidor estrangeiro. Apesar da enorme volatilidade vivida pelo câmbio, após a forte desvalorização do real nos últimos meses, o preço de ativos locais ficou ainda mais atrativo aos olhos dos estrangeiros.

Brasil, o mercado do futuro

Infelizmente, a desvalorização do câmbio, aumento da inflação e perspectiva de recessão esperada pelo país é resultado da enorme crise política e descaminhos da economia percorridos pela errática atuação do governo em ambas as áreas.

Mesmo sendo uma verdade, o preço convidativo dos ativos brasileiros não necessariamente implica em correção ou aumento de preços imediato, devido à maior demanda por parte de estrangeiros – que tiveram aumentado seu poder de compra em moedas fortes (dólar, euro etc.).

A bolsa de valores tem sentido aumento do fluxo de investimentos de estrangeiros e tem corrigido, em alguma medida, os preços de muitas ações – em setores menos sujeitos à contrações de negócios/faturamento em virtude da recessão que se aproxima.

No entanto, como o capital financeiro disponível para aplicações no mundo pode ser considerado relativamente fixo – não considerados os efeitos da recente criação de moeda realizada pelos bancos centrais dos EUA e da Europa -, ele irá procurar abrigo onde existe maior relação esperada de retorno x risco.

Assim, talvez as bolsas de outras regiões, como da Europa, Ásia, ou mesmo dos EUA, ainda sejam privilegiadas em relação à Bovespa por algum tempo.

Outro segmento que já vinha sofrendo com retração em seus preços é o imobiliário. Houve muita discussão no ano passado a respeito de se o Brasil vivia ou não uma bolha imobiliária; até o momento em que se percebeu que não havia demanda para todos os imóveis recém construídos e no pipeline das construtoras. A partir dai, os preços dos imóveis novos despencaram, puxando para baixo o preço dos usados também.

Esse movimento se refletiu forte na cotação dos fundos imobiliários (FI’s) e de ações de construtoras e incorporadoras na Bovespa, trazendo prejuízo para muitos investidores. Vale lembrar que no segmento dos FI’s, importa mais a perspectiva de expansão dos negócios locais como um todo – e não, necessariamente, da demanda de imóveis para pessoas físicas.

Por outro lado, somadas a desvalorização nominal dos preços dos ativos brasileiros em geral, e dos ativos imobiliários em particular, com a desvalorização causada pela perda de valor do real, os preços de ativos imobiliários ficaram muito convidativos – seja na versão dos FI’s, seja na versão dos imóveis novos e/ou usados para moradia/comercial.

E, se for considerado o cenário de melhor caso para a estabilização e subsequente recuperação da economia local, a perspectiva para esses preços é de recuperação continuada.
Assim, para aqueles que gostam de investimentos contrários à tendência de queda supostamente prevalecente nos mercados, já é hora de começar a fazer contas.

Na realidade, tudo não passa de uma análise do trade-off entre risco e retorno na visão dos investidores. Com a queda dos preços, aumenta a perspectiva de retorno. Será que o retorno esperado já não superou o risco para esses ativos?

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