Analistas recomendam ações: dá para confiar?
Qual é a confiabilidade que as recomendações e as estimativas de preços futuros (os chamados preços-alvos) feitas por analistas de investimentos a respeito de ações de companhias negociadas em bolsas de valores devem possuir junto aos investidores? Essa é uma questão de extrema importância para os investidores. Em primeiro lugar, deve-se esclarecer que a atividade de “recomendar” ações (ou outros tipos de investimentos em títulos e valores mobiliários) está restrita […] Leia mais
Publicado em 6 de novembro de 2012 às, 18h19.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h14.
Qual é a confiabilidade que as recomendações e as estimativas de preços futuros (os chamados preços-alvos) feitas por analistas de investimentos a respeito de ações de companhias negociadas em bolsas de valores devem possuir junto aos investidores? Essa é uma questão de extrema importância para os investidores.
Em primeiro lugar, deve-se esclarecer que a atividade de “recomendar” ações (ou outros tipos de investimentos em títulos e valores mobiliários) está restrita aos analistas (funadamentalistas e técnicos) credenciados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os quais devem ser certificados como tal pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC). Ou seja, é uma atividade regulamentada e fiscalizada por essas entidades.
Não é qualquer pessoa ou profissional (mesmo que trabalhe no mercado de capitais) que pode sair por aí recomendando a qualquer um a compra ou venda de ações ou outros tipos de investimentos em títulos e valores mobiliários.
Além do que, para fazer uma recomendação (de compra ou de venda) a respeito de uma ação e/ou de um instrumento financeiro, é necessário que se faça uma análise a respeito da empresa/companhia emissora daquela ação e/ou sobre aquele instrumento financeiro, de maneira a fundamentar tecnicamente essa “recomendação”.
Nesse sentido, as recomendações que são feitas por instituições financeiras do mercado de capitais (como bancos de investimento, corretoras de valores, entre outras) demandam um trabalho profundo de análise, além do comprometimento do analista que fez a recomendação com uma série de regulamentos, dentre os quais o código de ética desse tipo de atividade.
É bem verdade que os analistas não têm a capacidade de prever o futuro – assim como qualquer pessoa no mundo também não a possui -; mas, nem por isso, estão impossibilitados de fazer recomendações bastante úteis aos investidores. Tudo depende do analista. Como em qualquer área de trabalho, há os bons profissionais e os maus profissionais.
Dessa forma, a preocupação do investidor deve se concentrar em descobrir um bom analista. Para isso, ele deve pesquisar a “ficha corrida” ou “vida pregressa” do analista, para avaliar o histórico e grau de acerto em suas recomendações, assim como a qualidade e capacidade de análise desse profissional.
Como no cinema, também existem estrelas na área de análise. São profissionais muito bem remunerados e que têm uma reputação à preservar. Existem várias entidades ao redor do mundo que concedem prêmios aos melhores analistas em várias modalidades. Veja uma instituição (que possui subsidiária no Brasil) bastante premiada no link abaixo:
http://www.raymondjames.com/about/accolades.htm
Aqui no Brasil também são concedidos prêmios para os melhores analistas. Em maio/2012, a Agência Estado premiou os destaques do mercado em 2011. Veja quem foram os premiados no link abaixo.
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