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A estratégia vencedora dos milionários de 1929 e a crise atual

A década de 30, que ficou famosa pela chamada crise de 1929, foi um período de muita especulação e volatilidade nos mercados financeiros mundiais, com destaque para a forte oscilação nos preços das ações negociadas à época. Para conhecer alguns detalhes sobre o que motivou aquela crise e seus pontos de contato com a crise financeira atual (pós 2008), vale a pena assistir alguns curiosos vídeos da época – selecionados […] Leia mais

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Investidor em Ação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às, 10h22.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h42.

A década de 30, que ficou famosa pela chamada crise de 1929, foi um período de muita especulação e volatilidade nos mercados financeiros mundiais, com destaque para a forte oscilação nos preços das ações negociadas à época.

Para conhecer alguns detalhes sobre o que motivou aquela crise e seus pontos de contato com a crise financeira atual (pós 2008), vale a pena assistir alguns curiosos vídeos da época – selecionados no site Global Macro Shadow Traders no endereço web

http://gmshadowtraders.com/post/2011/07/03/027-VIDEO-2-The-Great-Depression-%28set-of-5%29.aspx

A despeito da enorme crise econômica que assolou o mundo por mais de uma década e que emergiu, em grande parte, do processo de especulação desenfreado nos mercados financeiros em anos anteriores a ela, a crise de 29 produziu alguns milionários (ou bilionários) nesse período.

Especuladores conseguiram construir fortunas nesse período. Dentre esses felizardos, pode-se apontar Floyd Bostwick Odlum, que se especializou em comprar ações de companhias norte-americanas sub-avaliadas, cujos preços em bolsa rondavam US$ 50 centavos. Ele repetiu a estratégia com sucesso por aproximadamente 15 anos, tendo obtido cerca de US$ 100 milhões a partir de um capital inicial de US$ 39 mil.

Outro especulador bem sucedido, mas que também se tornou famoso por sua contribuição no campo da ciência econômica foi John Maynard Keynes. Segundo consta, ele teria perdido 80% de sua fortuna durante o crash da bolsa em 1929. Entretanto, conseguiu recuperá-la com grande acréscimo nos anos seguintes. Sua estratégia consistia em investir nas ações de companhias sub-avaliadas em bolsa naquele momento, como as de companhias que prestavam serviços públicos (utility companies).

A lição que fica desse breve relato é que o mercado de ações nem sempre pode ser considerado um território acolhedor e seguro para os investimentos financeiros dos indivíduos. Entretanto, tomadas as devidas precauções contra os erros mais comuns cometidos por investidores leigos, pode-se esperar obter bons resultados advindos de investimentos em ações.

Dentre os erros e recomendações mais importantes vale lembrar dos seguintes:

– estar sempre muito bem informado sobre a situação financeira das companhias nas quais pretende investir dinheiro;

– não se deixar levar pelo movimento das massas, ou apresentar “comportamento de manada” seja na compra ou na venda de determinadas ações;

– manter o equilíbrio entre a razão e a emocão;

– não fazer do mercado de ações um jogo, ou um “cassino” para você;

– sempre se utilizar dos serviços de consultores e analistas de investimentos credenciados/habilitados/certificados pelas autoridades reguladoras (CVM) e auto-reguladoras (APIMEC, ANBIMA etc.) antes de realizar seus investimentos;

– ter uma visão que transcenda o curto prazo em seus investimentos: ter paciência para atingir seus objetivos de investimento;

– sempre procurar comprar ações que apresentem bons fundamentos e que, se possível, estejam sub-avaliadas, como muitas delas se encontram nesse momento.

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