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Vítima de Chávez critica governo Lula

Marcel Granier, da RCTV, condena a postura do presidente em relação aos atentados à liberdade de expressão promovidos na Venezuela. Confira a matéria abaixo, publicada no “O Globo” na terça-feira, 13 de abril: “Presidente de TV proibida de ir ao ar na Venezuela, Granier se queixa de falta de solidariedade Por Isabel Marchezan O presidente do conselho de administração da RCTV — canal venezuelano proibido de ir ao ar pelo […] Leia mais

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Publicado em 15 de abril de 2010 às, 15h05.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 12h04.

Marcel Granier, da RCTV, condena a postura do presidente em relação aos atentados à liberdade de expressão promovidos na Venezuela. Confira a matéria abaixo, publicada no “O Globo” na terça-feira, 13 de abril:

Presidente de TV proibida de ir ao ar na Venezuela, Granier se queixa de falta de solidariedade

Por Isabel Marchezan

O presidente do conselho de administração da RCTV — canal venezuelano proibido de ir ao ar pelo presidente Hugo Chávez —, Marcel Granier, disse ontem que governos de países latinoamericanos, incluindo o Brasil, estão faltando com solidariedade ao povo do seu país.

Ele foi homenageado no XXIII Fórum da Liberdade ontem, em Porto Alegre.

— A cumplicidade de Lula e Chávez é prejudicial à situação da Venezuela. Duvido que o Brasil apoie a violação de direitos humanos, mas não expressa nenhuma solidariedade — disse Granier.

Chávez também tirou 32 rádios do ar O venezuelano sustentou ainda que muitos empresários de seu país, para manter seus negócios com o governo ou atrair verba publicitária, ficam indiferentes a ações como a suspensão de novas concessões para canais de TV por seis meses, que impede que a RCTV volte ao ar. Segundo Granier, 32 rádios também já foram tiradas do ar pelo governo de Chávez.

— O pior inimigo da liberdade somos nós mesmos, porque temos medo. Em vez de lutar nos refugiamos na segurança — discursou, ao receber o Prêmio Liberdade de Imprensa, durante a abertura do Fórum.

— As pessoas não querem muitas mudanças. Elas querem manter seus privilégios e posições. O espírito empreendedor é abortado por este medo — completou.

Crítica à alta carga de impostos Também premiado ontem, o presidente do Instituto Mises Brasil, Helio Beltrão, elegeu outra entidade como inimigo da liberdade.

Comparou a população a servos, obrigados a entregar 40% dos frutos de seu trabalho “ao governo e seus amigos”.

Beltrão afirmou que o governo não segue as mesmas regras de ética e moral que o povo se obriga a cumprir.

— O governo toma seu dinheiro sob a forma de impostos e pronto: está autorizado a roubar — criticou, sob aplausos da plateia, composta principalmente por empresários e estudantes, entre os 5 mil inscritos. “