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Venezuela no Mercosul

Qual sua opinião sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul? Alguns especialistas em relações internacionais defendem o pragmatismo em nossa política externa acima de tudo. Alegam também que o Brasil, como líder do bloco, terá capacidade e suficiente influência para controlar os “chiliques” de Chávez. E você, o que acha? Abaixo segue um interessante editorial publicado nos últimos dias no Valor Econômico, sobre o assunto: “Ingresso de Chávez marca novo […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 4 de novembro de 2009 às, 22h11.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 12h59.

Qual sua opinião sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul? Alguns especialistas em relações internacionais defendem o pragmatismo em nossa política externa acima de tudo. Alegam também que o Brasil, como líder do bloco, terá capacidade e suficiente influência para controlar os “chiliques” de Chávez. E você, o que acha? Abaixo segue um interessante editorial publicado nos últimos dias no Valor Econômico, sobre o assunto:

Ingresso de Chávez marca novo retrocesso no Mercosul

O ingresso da Venezuela no Mercosul é agora uma fatalidade, nas duas acepções da palavra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é favorável e os governistas têm maioria suficiente para colocar Hugo Chávez como uma das vozes ativas no destino do bloco comercial. Faz tanta diferença?
A diplomacia brasileira enxerga o Mercosul também como uma aliança política capaz de contrapor interesses comuns aos da potência hegemônica no continente, os Estados Unidos. A faceta comercial do bloco revelou-se vigorosa a princípio, mas está sendo desconstruída há tempos por todos os integrantes do bloco ? por coincidência, todos são governos nacionalistas e de esquerda. Há desavenças para todos os gostos e basta uma fotografia de filas enormes de caminhões parados nas fronteiras entre Brasil e Argentina para ilustrar o risco sempre presente de desintegração comercial por disputas entre as duas maiores economias. O presidente paraguaio, Fernando Lugo, deu ultimatos ao Brasil para renegociar o Tratado de Itaipu e apresentou várias contas a serem pagas pelo governo brasileiro. A Argentina, com sua política abertamente destrutiva, conseguiu eliminar uma boa fatia das mercadorias brasileiras de seu mercado com cotas, enquanto que o espaço aberto foi preenchido por bens asiáticos, especialmente chineses. O Uruguai vive esperneando e pregando sua vocação pró-americana, com o argumento de que há pouco espaço para seus anseios no bloco. Read more