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Universitários encontram o mercado financeiro

Thomas Grubber, diretor de comunicação do InFinance, no Insper, fala sobre os projetos desenvolvidos pelo grupo

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Publicado em 17 de julho de 2017 às 15h15.

A experiência de participar de entidades estudantis durante a graduação pode ser um valioso diferencial para jovens que pretendem seguir carreira no mercado corporativo. É o que acredita Thomas Grubber, aluno do sexto semestre do curso de economia do Insper e diretor de comunicação do InFinance, célula de finanças que propõe aproximar alunos da faculdade do mercado financeiro através de projetos e mentorias com profissionais e empresas parceiras.

Thomas explica como surgiu o InFinance, as etapas do processo seletivo para quem deseja integrar a organização e os projetos desenvolvidos por cada uma de suas áreas. Ele defende que o contato com profissionais do mercado é uma importante contribuição para o aprendizado dos alunos, para além do que é ensinado pelos professores em sala de aula: “A cada duas semanas, os membros se encontram com nossos parceiros, mostram os projetos, e eles dão feedbacks e insights que não teríamos se só estivéssemos estudando e lendo livros”, explica.

Confira a entrevista!

Instituto Millenium – O que é o InFinance? Como surgiu a ideia?
Thomas Grubber – O InFinance foi criado em 2012 por alunos do 1º semestre do Insper, que viam uma necessidade de ter uma célula de finanças ainda não existente na faculdade. Hoje temos aproximadamente 30 membros e somos divididos em 5 áreas. O nosso objetivo é aproximar o aluno do Insper do mercado financeiro. Procuramos pessoas que tenham interesse em aprender, não sendo necessário ter conhecimento prévio sobre o mercado financeiro.

Imil – Que tipo de atividades vocês realizam?
Grubber – Nós desenvolvemos cinco projetos: crédito, private equity, equity research, renda fixa e M&A. São 5 áreas básicas do mercado financeiro e a gente tem um projeto em cada uma delas. A partir do momento em que o membro entra no InFinance, ele é alocado em uma dessas áreas e, a cada duas semanas, ele se encontra com um parceiro externo como o BTG, o Itaú, o Credit Suisse, fundos de private equity, entre outros. Os membros vão até esses lugares, mostram nossos projetos, e eles dão feedbacks e insights importantes, que não teríamos se só estivéssemos estudando e lendo livros. É uma vivência diferente poder estar ao lado desses profissionais. O Itaú, por exemplo, encaminha profissionais para darem aulas básicas sobre assuntos relacionados ao mercado financeiro. Também temos parceria com a Bloomberg e com a Economatica para que eles tenham aulas nas plataformas. Além dessas aulas no processo de trainee, eles também passam por provas para testar os conhecimentos adquiridos. Também realizamos uma mini versão de nosso projeto com as cinco áreas, já que eles terão apenas meio semestre ou até menos tempo para fazer tudo, para que eles sintam como seria ser um membro do InFinance. Essa acaba sendo a parte que eles mais aprendem e mais se engajam porque, por ser um trabalho em grupo, eles se comunicam mais entre si e acompanham o projeto dos membros.

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Disciplina do Insper transforma alunos em mentores de organizações estudantis

Imil – Alunos de quais semestres e de quais cursos podem participar?
Grubber – O InFinance está aberto a alunos do primeiro ao quarto semestre de todos os cursos do Insper: economia, administração e engenharia. Selecionamos até o quarto semestre porque queremos que o aluno entre, se desenvolva e fique por pelo menos um ano. O processo seletivo tem três etapas. Primeiramente, o candidato se inscreve e faz uma prova de lógica e atualidades. Em seguida, ele passa por uma dinâmica de grupo, e, por último, por uma entrevista individual. Todas as etapas são eliminatórias. Temos uma nota de corte, depois selecionamos um determinado número de candidatos na dinâmica e na entrevista. Depois que o candidato passa na entrevista, ele vai para o programa de trainee, no qual temos o objetivo de capacitá-lo.

Imil – Os jovens têm se interessado mais em fazer parte de projetos desse tipo? Quais são as principais dificuldades que eles costumam enfrentar para colocar suas ideias em prática?
Grubber – Pode-se dizer que o interesse tem aumentado bastante. No InFinance, no semestre passado, batemos o recorde de 230 inscritos. No Insper, em geral, tem tido um movimento maior nos últimos tempos para a criação de entidades de diversos tipos e assuntos para integrar todos os alunos. Hoje existem 20 no total. Antes, a gente podia contar nos dedos da mão quantas entidades tinham, no geral. A maior dificuldade que o jovem costuma enfrentar é conseguir ter uma visão mais ampla do que quer transmitir com a organização que está sendo criada, que tipo de público quer atingir, que mensagem quer passar e o que será feito dentro da organização. Se a gente não tivesse estruturado o que iríamos fazer dentro do InFinance, por exemplo, provavelmente a organização não daria tão certo como deu.

Imil – Na sua opinião, qual a importância de se ter um projeto como esse na faculdade? O que diferencia um aluno que já participou da gestão de uma organização estudantil dos demais?
Grubber – Cada vez mais, temos visto os resultados de participar de uma entidade estudantil. No InFinance, o número de alunos que conseguem estágios, tanto de férias quanto regular, tem aumentado bastante. Nós temos pessoas no Bank of America e no BTG, por exemplo. Em vários lugares, o nome InFinance como entidade do Insper já é reconhecido. As pessoas já sabem, já conheceram alguém que teve algum tipo de estágio lá, então a gente acaba passando mais credibilidade nesse sentido. Estamos muito contentes que as pessoas estão reconhecendo. E acho que isso começou depois que passamos a ir atrás de parcerias externas, de bancos, de mostrar o que a gente faz. O resultado ainda não é o que a gente quer para o futuro, mas está dando muito mais certo do que em comparação com o que era há alguns anos.

A experiência de participar de entidades estudantis durante a graduação pode ser um valioso diferencial para jovens que pretendem seguir carreira no mercado corporativo. É o que acredita Thomas Grubber, aluno do sexto semestre do curso de economia do Insper e diretor de comunicação do InFinance, célula de finanças que propõe aproximar alunos da faculdade do mercado financeiro através de projetos e mentorias com profissionais e empresas parceiras.

Thomas explica como surgiu o InFinance, as etapas do processo seletivo para quem deseja integrar a organização e os projetos desenvolvidos por cada uma de suas áreas. Ele defende que o contato com profissionais do mercado é uma importante contribuição para o aprendizado dos alunos, para além do que é ensinado pelos professores em sala de aula: “A cada duas semanas, os membros se encontram com nossos parceiros, mostram os projetos, e eles dão feedbacks e insights que não teríamos se só estivéssemos estudando e lendo livros”, explica.

Confira a entrevista!

Instituto Millenium – O que é o InFinance? Como surgiu a ideia?
Thomas Grubber – O InFinance foi criado em 2012 por alunos do 1º semestre do Insper, que viam uma necessidade de ter uma célula de finanças ainda não existente na faculdade. Hoje temos aproximadamente 30 membros e somos divididos em 5 áreas. O nosso objetivo é aproximar o aluno do Insper do mercado financeiro. Procuramos pessoas que tenham interesse em aprender, não sendo necessário ter conhecimento prévio sobre o mercado financeiro.

Imil – Que tipo de atividades vocês realizam?
Grubber – Nós desenvolvemos cinco projetos: crédito, private equity, equity research, renda fixa e M&A. São 5 áreas básicas do mercado financeiro e a gente tem um projeto em cada uma delas. A partir do momento em que o membro entra no InFinance, ele é alocado em uma dessas áreas e, a cada duas semanas, ele se encontra com um parceiro externo como o BTG, o Itaú, o Credit Suisse, fundos de private equity, entre outros. Os membros vão até esses lugares, mostram nossos projetos, e eles dão feedbacks e insights importantes, que não teríamos se só estivéssemos estudando e lendo livros. É uma vivência diferente poder estar ao lado desses profissionais. O Itaú, por exemplo, encaminha profissionais para darem aulas básicas sobre assuntos relacionados ao mercado financeiro. Também temos parceria com a Bloomberg e com a Economatica para que eles tenham aulas nas plataformas. Além dessas aulas no processo de trainee, eles também passam por provas para testar os conhecimentos adquiridos. Também realizamos uma mini versão de nosso projeto com as cinco áreas, já que eles terão apenas meio semestre ou até menos tempo para fazer tudo, para que eles sintam como seria ser um membro do InFinance. Essa acaba sendo a parte que eles mais aprendem e mais se engajam porque, por ser um trabalho em grupo, eles se comunicam mais entre si e acompanham o projeto dos membros.

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Imil – Alunos de quais semestres e de quais cursos podem participar?
Grubber – O InFinance está aberto a alunos do primeiro ao quarto semestre de todos os cursos do Insper: economia, administração e engenharia. Selecionamos até o quarto semestre porque queremos que o aluno entre, se desenvolva e fique por pelo menos um ano. O processo seletivo tem três etapas. Primeiramente, o candidato se inscreve e faz uma prova de lógica e atualidades. Em seguida, ele passa por uma dinâmica de grupo, e, por último, por uma entrevista individual. Todas as etapas são eliminatórias. Temos uma nota de corte, depois selecionamos um determinado número de candidatos na dinâmica e na entrevista. Depois que o candidato passa na entrevista, ele vai para o programa de trainee, no qual temos o objetivo de capacitá-lo.

Imil – Os jovens têm se interessado mais em fazer parte de projetos desse tipo? Quais são as principais dificuldades que eles costumam enfrentar para colocar suas ideias em prática?
Grubber – Pode-se dizer que o interesse tem aumentado bastante. No InFinance, no semestre passado, batemos o recorde de 230 inscritos. No Insper, em geral, tem tido um movimento maior nos últimos tempos para a criação de entidades de diversos tipos e assuntos para integrar todos os alunos. Hoje existem 20 no total. Antes, a gente podia contar nos dedos da mão quantas entidades tinham, no geral. A maior dificuldade que o jovem costuma enfrentar é conseguir ter uma visão mais ampla do que quer transmitir com a organização que está sendo criada, que tipo de público quer atingir, que mensagem quer passar e o que será feito dentro da organização. Se a gente não tivesse estruturado o que iríamos fazer dentro do InFinance, por exemplo, provavelmente a organização não daria tão certo como deu.

Imil – Na sua opinião, qual a importância de se ter um projeto como esse na faculdade? O que diferencia um aluno que já participou da gestão de uma organização estudantil dos demais?
Grubber – Cada vez mais, temos visto os resultados de participar de uma entidade estudantil. No InFinance, o número de alunos que conseguem estágios, tanto de férias quanto regular, tem aumentado bastante. Nós temos pessoas no Bank of America e no BTG, por exemplo. Em vários lugares, o nome InFinance como entidade do Insper já é reconhecido. As pessoas já sabem, já conheceram alguém que teve algum tipo de estágio lá, então a gente acaba passando mais credibilidade nesse sentido. Estamos muito contentes que as pessoas estão reconhecendo. E acho que isso começou depois que passamos a ir atrás de parcerias externas, de bancos, de mostrar o que a gente faz. O resultado ainda não é o que a gente quer para o futuro, mas está dando muito mais certo do que em comparação com o que era há alguns anos.

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