“Uma dose de tempo, por favor”
Conheça o Lemni Café, cafeteria paulistana que "vende" tempo e promove a cultura do coworking
institutomillenium
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 11h48.
Última atualização em 16 de janeiro de 2018 às 12h09.
Já imaginou como seria bom permanecer em uma cafeteria apenas para utilizar o Wi-Fi sem peso na consciência, mesmo tendo comprado “somente um cafezinho”? Pensando nisso, a economista Rebecca Nogueira trouxe para São Paulo o Lemni Café, um espaço baseado na ideia de vender tempo, que permite maior liberdade para clientes trabalharem e viabilizarem seus próprios projetos.
Durante um intercâmbio na França, Rebecca esbarrou com o modelo de negócio dos anticafés, estabelecimentos que cobram pelo tempo de permanência de seus clientes, e notou um novo conceito de empreendedorismo: “É difícil encontrar um lugar gostoso para ligar o computador e estudar. As cafeterias usam todos os métodos para o cliente não permanecer, têm dificuldade para dar a senha da internet. Um dia encontrei um lugar dizendo ‘aqui você paga pelo tempo de permanência, todo o resto está incluso’, era um misto de sala de casa e cafeteria, bem heterogêneo. Guardei essa ideia para implementar em São Paulo, minha cidade natal”. Ouça abaixo o podcast!
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Em 2013, Rebecca retornou ao Brasil e estudou a possibilidade de abrir um espaço em que pudesse trabalhar de forma colaborativa e consciente, promovendo pequenos produtores e o tempo do consumidor. Ao lado de amigos, inaugurou em 2016 o Lemni Café em um sobrado no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O ambiente era compartilhado com outras iniciativas e lembrava uma “casa de vó”: “Tinha desde fogão a microondas, as pessoas podiam levar o próprio almoço e ficar o dia inteiro, faziam crochê, roda de leitura”, lembra a empreendedora.
Apesar do clima acolhedor, o conceito de anticafé e a cultura do coworking são relativamente novos para os brasileiros. Sendo assim, a fim de equilibrar as finanças, o Lemni criou seu próprio cardápio, onde os consumidores podem escolher pagar apenas por produtos como um café ou fatia de bolo: “Existe a possibilidade de tomar um cafezinho e ir embora ou trabalhar no local. O que ajuda a segurar as contas é a parte que funciona como cafeteria tradicional”, avalia.
Em agosto de 2017, Rebecca transferiu o café para o espaço de uma casa noturna de jazz, no Centro de São Paulo. Neste novo endereço, o Lemni abre de segunda a sexta, das 10h às 17h30, e o valor cobrado pelo tempo de permanência é de R$ 15 por 30 minutos – R$ 3 são cobrados a cada 15 minutos adicionais. Há também a opção de fazer desta prática um “estilo de vida”, explica a empreendedora, pagando por pacotes de 25, 50, 65 ou 100 horas. O serviço inclui a utilização de toda a infraestrutura do lugar além de chás, fornadas de pães e bolos e cafés especiais de pequenos produtores. Saiba mais sobre o Lemni Café com o podcast abaixo!
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Já imaginou como seria bom permanecer em uma cafeteria apenas para utilizar o Wi-Fi sem peso na consciência, mesmo tendo comprado “somente um cafezinho”? Pensando nisso, a economista Rebecca Nogueira trouxe para São Paulo o Lemni Café, um espaço baseado na ideia de vender tempo, que permite maior liberdade para clientes trabalharem e viabilizarem seus próprios projetos.
Durante um intercâmbio na França, Rebecca esbarrou com o modelo de negócio dos anticafés, estabelecimentos que cobram pelo tempo de permanência de seus clientes, e notou um novo conceito de empreendedorismo: “É difícil encontrar um lugar gostoso para ligar o computador e estudar. As cafeterias usam todos os métodos para o cliente não permanecer, têm dificuldade para dar a senha da internet. Um dia encontrei um lugar dizendo ‘aqui você paga pelo tempo de permanência, todo o resto está incluso’, era um misto de sala de casa e cafeteria, bem heterogêneo. Guardei essa ideia para implementar em São Paulo, minha cidade natal”. Ouça abaixo o podcast!
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Em 2013, Rebecca retornou ao Brasil e estudou a possibilidade de abrir um espaço em que pudesse trabalhar de forma colaborativa e consciente, promovendo pequenos produtores e o tempo do consumidor. Ao lado de amigos, inaugurou em 2016 o Lemni Café em um sobrado no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O ambiente era compartilhado com outras iniciativas e lembrava uma “casa de vó”: “Tinha desde fogão a microondas, as pessoas podiam levar o próprio almoço e ficar o dia inteiro, faziam crochê, roda de leitura”, lembra a empreendedora.
Apesar do clima acolhedor, o conceito de anticafé e a cultura do coworking são relativamente novos para os brasileiros. Sendo assim, a fim de equilibrar as finanças, o Lemni criou seu próprio cardápio, onde os consumidores podem escolher pagar apenas por produtos como um café ou fatia de bolo: “Existe a possibilidade de tomar um cafezinho e ir embora ou trabalhar no local. O que ajuda a segurar as contas é a parte que funciona como cafeteria tradicional”, avalia.
Em agosto de 2017, Rebecca transferiu o café para o espaço de uma casa noturna de jazz, no Centro de São Paulo. Neste novo endereço, o Lemni abre de segunda a sexta, das 10h às 17h30, e o valor cobrado pelo tempo de permanência é de R$ 15 por 30 minutos – R$ 3 são cobrados a cada 15 minutos adicionais. Há também a opção de fazer desta prática um “estilo de vida”, explica a empreendedora, pagando por pacotes de 25, 50, 65 ou 100 horas. O serviço inclui a utilização de toda a infraestrutura do lugar além de chás, fornadas de pães e bolos e cafés especiais de pequenos produtores. Saiba mais sobre o Lemni Café com o podcast abaixo!
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