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Startup transforma lixo em artigos de moda

Finalista brasileira do Chivas Venture 2018, Revoada estimula economia com "início, meio e fim". Ouça a entrevista!

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institutomillenium

Publicado em 12 de abril de 2018 às 10h10.

Duas amigas e a vontade de transformar a maneira como os produtos são oferecidos ao mundo. Assim nasceu a Revoada, startup gaúcha dedicada à “economia circular”, transformando lixo em artigos de moda e que, em 2018, representa o Brasil no concurso Chivas Venture 2018, competição de startups que estimulam de forma positiva as comunidades onde atuam. Adriana Tubino, co-fundadora, conversou com o Imil e contou que, com recursos biodegradáveis e através de muita pesquisa, a Revoada descobriu na câmara de pneus e no nylon de guarda-chuvas matérias-primas para a confecção de suas carteiras, mochilas e bolsas. Ouça a entrevista no podcast abaixo!

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“A Itiana Pasetti (sócia) e eu estávamos desacreditadas nesse modelo tão grande que gera um impacto negativo, feito de qualquer maneira. Então, para não colocarmos mais uma coisa no mundo que já tem tanto excesso, surgiu a ideia de trabalhar com resíduos. Encontramos na câmara do pneu um bom substituto para o que seria o couro e quando procurávamos um forro, descobrimos o nylon de guarda-chuva, que na maior parte das vezes está intacto quando o guarda-chuva estraga. São tecidos bonitos e fora do contexto ficam mais interessantes ainda”, conta.

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A empreendedora explica que a ideia é apresentar um trabalho não apenas sustentável, mas com design atraente para poder competir no mercado e gerar envolvimento dos clientes tanto com a proposta quanto com o produto. O processo desenvolvido abriu espaço a uma nova cadeia produtiva baseada na economia circular, isto é, toda a produção é pensada do início ao fim para que haja um novo recomeço para qualquer peça. Os materiais são comprados diretamente de catadores de lixo e borracheiros, aumentando a renda dos profissionais.

“Essa relação com os catadores e borracheiros tem a ver com o nosso impacto social e ambiental, pois estamos gerando trabalho e evitando que os materiais parem no aterro sanitário. De alguma forma, estamos abrindo um mercado para esse novo produto de reciclagem. A ideia final é que esses produtos cheguem aos nossos consumidores com uma tag explicando como foram feitos e pedindo para que se engajem no projeto e possam ajudar na logística reversa dos materiais. Então, quando alguém usou ao máximo o produto e quer se desfazer, entra em contato conosco para que possamos recolher e fazer o coprocessamento correto”, diz.


Um produto, uma história
Além de vender em grandes quantidades para o mercado corporativo, a Revoada criou os “lotes especiais”, vendas sob demanda de produtos com edição limitada. Para a startup, é importante que os consumidores estejam totalmente envolvidos no processo de produção, portanto, são notificados de todo o passo a passo, diz a empreendedora:

“Queremos trazer para as pessoas a história que está por trás das coisas para que percebam que houve um começo, um meio e se não cuidarmos, vai ter um fim que não é o melhor. Muito se produziu ao longo desses anos com a ideia de que os recursos eram infinitos e não tínhamos nenhuma participação. Hoje nos conscientizamos que tudo tem a ver com a gente e podemos assumir uma postura positiva diante disso”.

A Revoada faz parte dos 27 finalistas ao prêmio internacional Chivas Venture 2018, e com isso ganhou a chance de participar de um programa de aceleração em Oxford, na Inglaterra. Agora depende de votação popular para chegar aos cinco projetos mais votados que concorrerão ao investimento final de um milhão de dólares. Assista ao vídeo abaixo e vote :

Duas amigas e a vontade de transformar a maneira como os produtos são oferecidos ao mundo. Assim nasceu a Revoada, startup gaúcha dedicada à “economia circular”, transformando lixo em artigos de moda e que, em 2018, representa o Brasil no concurso Chivas Venture 2018, competição de startups que estimulam de forma positiva as comunidades onde atuam. Adriana Tubino, co-fundadora, conversou com o Imil e contou que, com recursos biodegradáveis e através de muita pesquisa, a Revoada descobriu na câmara de pneus e no nylon de guarda-chuvas matérias-primas para a confecção de suas carteiras, mochilas e bolsas. Ouça a entrevista no podcast abaixo!

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“A Itiana Pasetti (sócia) e eu estávamos desacreditadas nesse modelo tão grande que gera um impacto negativo, feito de qualquer maneira. Então, para não colocarmos mais uma coisa no mundo que já tem tanto excesso, surgiu a ideia de trabalhar com resíduos. Encontramos na câmara do pneu um bom substituto para o que seria o couro e quando procurávamos um forro, descobrimos o nylon de guarda-chuva, que na maior parte das vezes está intacto quando o guarda-chuva estraga. São tecidos bonitos e fora do contexto ficam mais interessantes ainda”, conta.

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A empreendedora explica que a ideia é apresentar um trabalho não apenas sustentável, mas com design atraente para poder competir no mercado e gerar envolvimento dos clientes tanto com a proposta quanto com o produto. O processo desenvolvido abriu espaço a uma nova cadeia produtiva baseada na economia circular, isto é, toda a produção é pensada do início ao fim para que haja um novo recomeço para qualquer peça. Os materiais são comprados diretamente de catadores de lixo e borracheiros, aumentando a renda dos profissionais.

“Essa relação com os catadores e borracheiros tem a ver com o nosso impacto social e ambiental, pois estamos gerando trabalho e evitando que os materiais parem no aterro sanitário. De alguma forma, estamos abrindo um mercado para esse novo produto de reciclagem. A ideia final é que esses produtos cheguem aos nossos consumidores com uma tag explicando como foram feitos e pedindo para que se engajem no projeto e possam ajudar na logística reversa dos materiais. Então, quando alguém usou ao máximo o produto e quer se desfazer, entra em contato conosco para que possamos recolher e fazer o coprocessamento correto”, diz.


Um produto, uma história
Além de vender em grandes quantidades para o mercado corporativo, a Revoada criou os “lotes especiais”, vendas sob demanda de produtos com edição limitada. Para a startup, é importante que os consumidores estejam totalmente envolvidos no processo de produção, portanto, são notificados de todo o passo a passo, diz a empreendedora:

“Queremos trazer para as pessoas a história que está por trás das coisas para que percebam que houve um começo, um meio e se não cuidarmos, vai ter um fim que não é o melhor. Muito se produziu ao longo desses anos com a ideia de que os recursos eram infinitos e não tínhamos nenhuma participação. Hoje nos conscientizamos que tudo tem a ver com a gente e podemos assumir uma postura positiva diante disso”.

A Revoada faz parte dos 27 finalistas ao prêmio internacional Chivas Venture 2018, e com isso ganhou a chance de participar de um programa de aceleração em Oxford, na Inglaterra. Agora depende de votação popular para chegar aos cinco projetos mais votados que concorrerão ao investimento final de um milhão de dólares. Assista ao vídeo abaixo e vote :

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