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Sem correção, defasagem do Imposto de Renda vai aumentar

O governo brasileiro não  corrigiu a tabela progressiva para o Imposto de Renda em 2011 e, por causa da omissão, a defasagem que era de 64% até 2010 vai saltar para 71,5%, segundo o diretor de estudos técnicos do Sindifisco, Luiz Benedito. Os maiores prejudicados pelo fato de não haver correção são os trabalhadores com menores salários, pois eles já têm a renda comprometida pela inflação e terão que amargar […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às, 12h02.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 12h47.

O governo brasileiro não  corrigiu a tabela progressiva para o Imposto de Renda em 2011 e, por causa da omissão, a defasagem que era de 64% até 2010 vai saltar para 71,5%, segundo o diretor de estudos técnicos do Sindifisco, Luiz Benedito.

Os maiores prejudicados pelo fato de não haver correção são os trabalhadores com menores salários, pois eles já têm a renda comprometida pela inflação e terão que amargar ainda um desconto que é proporcionalmente mais pesado.

O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) João Eloi Olenike disse ao Jornal do Commercio que o acontece em 2011 é muito diferente dos anos anteriores, quando o governo  anunciava o ajuste como grande benefício.

No período de 1995 a 2002, a tabela do IR foi reajustada em 35,59%. Já entre os anos 2002 e 2010 o ajuste foi de 39,03%, totalizando 88,51%. O governo federal não fala o porquê de não ter promovido uma correção.

O Brasil tem a segunda maior carga tributária do mundo sobre os salários dos trabalhadores. O Governo Federal abocanha entre 42% e 82% do salário pago ao trabalhador. O estudo é do IBPT.

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e “Jornal do Commercio”