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Salário de ministros do STF pode ultrapassar o de japoneses

O Brasil é um dos países com a pior distribuição de renda do mundo. Esse quadro pode se agravar ainda mais caso o Congresso concorde em reajustar os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 26,7 mil para R$ 32 mil. Com esse aumento, ministros brasileiros passariam a receber praticamente o mesmo que os norte-americanos e ultrapassariam o ordenado dos colegas japoneses. Com a diferença de que […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 4 de outubro de 2011 às, 21h58.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h49.

O Brasil é um dos países com a pior distribuição de renda do mundo. Esse quadro pode se agravar ainda mais caso o Congresso concorde em reajustar os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 26,7 mil para R$ 32 mil. Com esse aumento, ministros brasileiros passariam a receber praticamente o mesmo que os norte-americanos e ultrapassariam o ordenado dos colegas japoneses. Com a diferença de que o Japão é o país com a melhor distribuição de renda do planeta. O aumento depende da aprovação do Congresso.
Diferentemente do que acontece no Japão e no Reino Unido, os ministros brasileiros têm direito de complementar sua renda com aulas e palestras em universidades. Os ministros do Brasil também superam os dos demais países em número de benefícios. Aqui, eles têm direito a aposentadoria integral, férias de dois meses por ano, cotas de passagens aéreas, auxílio-moradia, carro oficial com motorista e plano de saúde, com o qual contribuem com porcentuais de acordo com a faixa etária.
Os magistrados brasileiros são os únicos que recebem 13 salários por ano. Com isso, a média de salarial fica em R$ 28,9 mil por mês. Com o possível aumento, esse valor chegaria a R$ 34, 6 mil mensais, muito próximo do que recebem os magistrados do Reino Unido, considerado o país mais caro do mundo.
Para justificar o reajuste, os ministros do STF alegam que houve uma perda de poder aquisitivo nos últimos seis anos e que o valor do pagamento não é compatível com o aumento dos preços nos supermercados.
Fonte: O Estado de S. Paulo