"Top, top, top" na TV a cabo
O democrático e pragmático assessor especial para Assuntos Internacionais Marco Aurélio Garcia criticou a programação das TVs a cabo (Chávez, sai desse corpo que não te pertence!). Segundo ele, os programas de TV estariam realizando a dominação americana através do soft power. Confira matéria publicada no “O Globo”: “Escalado para coordenar o programa de governo da ministra Dilma Rousseff, o professor Marco Aurélio Garcia anda preocupado com a influência da […] Leia mais
Publicado em 9 de fevereiro de 2010 às, 16h16.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 12h20.
O democrático e pragmático assessor especial para Assuntos Internacionais Marco Aurélio Garcia criticou a programação das TVs a cabo (Chávez, sai desse corpo que não te pertence!). Segundo ele, os programas de TV estariam realizando a dominação americana através do soft power. Confira matéria publicada no “O Globo”:
“Escalado para coordenar o programa de governo da ministra Dilma Rousseff, o professor Marco Aurélio Garcia anda preocupado com a influência da TV a cabo sobre os corações e mentes dos brasileiros. No sábado, o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais discursou sobre o tema em debate na sede nacional do PT. Em meio a discussões sobre política externa, ele surpreendeu com um libelo contra o que chamou de “hegemonia cultural dos Estados Unidos”.
Marco Aurélio comparou a influência da indústria de entretenimento ao poderio bélico da 4aFrota, a divisão da Marinha americana que atua no Atlântico Sul.
— Hoje em dia, quase tão importante quanto a 4aFrota são os canais de televisão a cabo que nós recebemos aqui. Eles realizam, de forma indolor, um processo de dominação muito eficiente. Despejam toda essa quantidade de esterco cultural — esbravejou.
Em tom de alerta, o assessor de Lula disse que a esquerda precisa reagir à difusão de valores capitalistas: — Estamos vivendo um momento grave do ponto de vista de uma cultura de esquerda. A crise dos valores do chamado socialismo real e a emergência desse lixo cultural nos últimos anos nos deixaram numa situação grave.
O petista também reclamou de um suposto marasmo intelectual no Brasil, comparando os dias atuais a momentos de efervescência cultural das décadas de 1930 e 1950: — Hoje vivemos uma transformação do ponto de vista econômico-social muito mais importante do que no passado. No entanto, temos um deserto de ideias, um deserto de produção cultural. Isso é um problema no qual temos que pensar.
O coordenador da campanha de Dilma disse que o Brasil foi programado para ser um país pequeno e defendeu o fortalecimento das estatais no governo Lula. Ao condenar o avanço da direita na Europa, fez uma recomendação à plateia: — Nunca subestimem a estupidez humana. Quem subestimou a estupidez humana se deu mal na História.”
Confira neste link o comentário de Augusto Nunes sobre essa notícia, com a tag “Sanatório Geral”.
Pobre política externa brasileira…