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Prognósticos e prazos não cumpridos

Por este dias, vou submergir – outra vez – nos trâmites da permissão para viajar fora de Cuba. A possibilidade de estar 14 de outubro na Universidade de Columbia para a entrega do María Moors Cabot é remota, porém vou continuar com a burocracia. Tampouco tenho muitas esperanças de ir na apresentação do meu livro no Brasil, ainda que o senado desse país haja feito gestões para conseguir que embarque […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 3 de outubro de 2009 às, 22h24.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h16.

Por este dias, vou submergir – outra vez – nos trâmites da permissão para viajar fora de Cuba. A possibilidade de estar 14 de outubro na Universidade de Columbia para a entrega do María Moors Cabot é remota, porém vou continuar com a burocracia. Tampouco tenho muitas esperanças de ir na apresentação do meu livro no Brasil, ainda que o senado desse país haja feito gestões para conseguir que embarque no avião. Todas estas dificuldades para obter a permissão de saída, fazem-me evocar as palavras ditas fazem dezoito anos por Carlos Aldana, um filho menor caído em desgraça e que – segundo se diz – atualmente dá aulas de marxismo para adultos da terceira idade.

Numa entrevista de 1991 para a revista espanhola Cambio 16, o outrora numero tres do poder em Cuba afirmou que: “este ano os cubanos poderão viajar livremente ao exterior”. Só que não precisou se iríamos fazê-lo com as asas da imaginação e se um ano continha doze meses ou quase duas décadas. Para que revisem suas declarações de então e comprovem quanto nos continuam repetindo os mesmos estribilhos, mostro-lhes copiada a entrevista.

*Agradeço este documento fotocopiado à jornalista Miriam Leiva.